1- “Eu fiquei os primeiros quatro meses sem sair de casa.
Sofria rejeição por parte dos vizinhos, cheguei a ouvir que teria que usar luva”, conta I.A, que se descobriu atingida pela hanseníase em 2001.
Hoje ela está curada e se relaciona normalmente com a maioria dos vizinhos, mesmo assim, preferiu não se identificar. “Ainda tenho medo de afastar os outros de mim.” *
2- "Conhecer a doença pode fazer toda a diferença para não prejudicar o convívio social.
Foi o que aconteceu com o frentista Miracildo Lourenço de Souza, 25 anos.
Há três anos, sua chefe ficou preocupada achando que ele iria transmitir a doença para os colegas.
Depois de levá-la ao centro de saúde para conversar com sua médica, a atitude da chefe mudou." *
"A moeda tem dois lados e quando um lado está exposto, o outro, está oculto. O lado oculto da ‘mancha’ mesmo desaparecida através da cura, pode ainda deixar rastros... (Heleida, Hanseníase: fios que tecem infinitas histórias, 2006)
*fonte:
http://www.unifesp.br/comunicacao/sp/ed12/hanseniase.htm
UNIFESP 2004 - Saúde Paulista Ano 4 - N° 12jan-mar de 2004
|