Obsceno demais!
Disseram-lhe isto enquanto
os pés, ainda no primeiro degrau, rangiam.
Rápido tingiu em preto
o mapa, a rota, a fuga.
Quem via, de tudo nada entendia:
Um homem calado,
mão direita armada,
tecido encarnado,
vórtice de pecado.
Um desejo que o atormentava
noite e dia.
Soletrava uma frase,
gritava outra oração,
desatinado, louco,
um obsceno face a catedral.
Rasgou sua estola alva e paralela.
Sonhos da imortalidade são as
pegadas dele, as sombras dele,
peregrinando no caminho que a ela
leva.
No abraço não desfeito,
o recado, regado a corsários e Nilos,
em seu Fausto mais modesto,
além de dado, foi doado. |