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Contos-->a saia justa de um comentário alheio -- 19/02/2007 - 14:38 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A SAIA JUSTA DE UM COMENTÁRIO ALHEIO

Recife, 13 de novembro de 2003. Manhã que prenunciava um acontecimento inesperado. O céu azul era pano de fundo das surpresas que pairava no ar. Raquel estava no portão da sua casa com o olhar dançando para todos os lados , quando Célia sua vizinha de frente chegou, descendo de seu automóvel aparentemente aflita, entrou em sua casa e nem a avistou.

Curiosa, Raquel esperou mais um pouco pra ver do que se tratava. Minutos depois Célia sai e Raquel a chama indagando pela sua pressa. Ela, com pupilas dilatadas responde que sua filhinha Márcia de12 anos, está com “o” acidente na escola para acontecer, e ela teria vindo em casa pegar alguns recursos. Raquel apreensiva com a notícia. Entra na casa aciona o telefone e avisa a algumas pessoas conhecidas. Horas depois a notícia se espalhara por toda vizinhança e o seu telefone não parava de tocar. Ela não tinha detalhes do acontecimento, a única coisa que ela sabia era que a menina havia sofrido “um” acidente na escola. Nesse bombardeio de indagações, Raquel vê Célia entrando novamente em sua casa desta vez acompanhada do seu cunhado Renato, esposo de sua irmã caçula Celina. Os dois se demoraram dentro de casa. Aguçando seus ouvidos para cientificar-se de um outro detalhamento do acidente mais nada conseguiu captar.

Célia sempre foi uma vizinha resguardada no convivio com os vizinhos. Professora, mãe solteira, ensinava em dois colégios do Estado. Ela estava sempre ocupada para uma atenção maior, o que a distanciava um pouco de seus vizinhos. Raquel brechou a csa de Céla, até que viu Márcia e Renato saindo com uma cadeira. Uma cadeira? Por quê a cadeira? O dia passou e Raquel não viu Márcia retornar.

Dia seguinte, ainda mais curiosa Raquel olha a casa de Célia e vê que esta fechada. Não havia sinal de presença no interior da casa. Esperou horas por mais notícias e nada. Resolveu aguardar Marcia aparecer para ir até a sua casa e saber de toda a verdade. Quando assim pensava, chegou no seu portão sua outra vizinha Ladjane, dizendo que a notícia de Márcia com o acidente na escola estava invertido, Marcia na realidade estava fazendo um trabalho teatral . Ela estava sendo considerada revelação da sua turma. O escrip por ela criado intitulado "Acidente na Escola", estava sendo chamativo pelo teor da mensagem que refere -se a alunos que sentam-se em cadeiras de encosto alto e de costas para o seu mestre, escondendo suas cabeças do irídio da sapiência, e que uma equipe de teatro mostrou-se interessada em apreciá-la. E continuou dizendo: Esse texto foi encenado na semana passada na Feira de Ciência da escola e que foi muito aplaudido despertando o interesse dos amigos da arte e da educação, e que estes visitando a escola queriam ver a encenação do texto para melhor avaliação mas para tanto, precisavam de uma cadeira de madeira tipo encosto alto, parte chave da estória de Márcia, onde ela incia sua narração, daí a pressa de Célia vir pegar uma cadeira em sua casa. Célia a mãe orgulhosa, tudo fez para que sua filha gozasse êxito.

Depois de todo aquele relato, qual foi a impotência de Raquel diante dos fatos, quando do seu atrevimento em tirar conclusões precipitadas na tônica de uma frase que movida pelo trocadilho do som da pronúncia dos artigos "o" e "um", causaram todo um efeito de falso comentário do alheio pela sua tagarelice, precipitação dos curiosos.

Célia e Raquel alguns dias após a este acontecimento encontraram-se, e Célia agradeceu as pessoas que Raquel tinha informado sobre o "Acidente na Escola". A ironia zombou dela.

JAIR MARTINS - 13/11/06
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