Meninos e meninas-anjos
de asas vermelhas acetinadas
comem brigadeiros eternos
em nuvens de algodão-doce pouco espaçadas.
De baixo, outros tantos,
de nada santos,
ao todo doze,
olham para o infinto azul e branco
e se encantam com as fornadas.
E é como se também se lambuzassem
na delícia negra do cacau
e bebessem do rubi licor
que recheia a trufa amor.
Lá no alto, divinos mensageiros,
com seus arcos adocicados,
disparam flechas nutelladas
em corações sonhos-de-valsa.
Entre os tais, está o meu,
que depois de ser flechado,
com setas de meio-amargo,
anda feliz, sorrindo à toa,
pois está apaixonado. |