Recebi um e-mail do jornalista Édison da Silva, residente em São Paulo, que merece ser estudado por todas as autoridades envolvidas com o processo eleitoral brasileiro.
"Acabei de votar e participar da eleição de mais um presidente da república e governador de Estado. No primeiro turno, também participei, mas aí também ajudei a eleger deputados e senadores pelo Estado em que habito, ou seja, São Paulo. Ocorre que da primeira vez sem que eu percebesse, por uma série de erros imperdoáveis em eleições, eu votei no nome de meu pai, já falecido há quatro anos. Incrível, na maior cidade do país isso aconteceu. Explico, sou portador de uma carteira da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) que registra no verso da folha de rosto o nome do pai na primeira linha da identificação. Assim para quem não conhece a mesma e talvez óbvio confundir-se. Entretanto volto a lembrar, estou votando na maior cidade do país e portanto teoricamente com a melhor fiscalização do país. Não foi isso que aconteceu. Votei em nome do meu pai e ainda terei que explicar porque não votei com meu próprio nome no primeiro turno, ou seja, terei que pagar multa. Talvez , descoberto o erro eu devesse votar duas vezes para compensar as dores de cabeça que terei.Com a palavra o TSE".
Bem, caros leitores, esta mensagem foi enviada ao O Estadão do Norte em 10/27/2002, exatamente às 9:29 de Domingo, quando milhões de pessoas cumpriram seu dever cívico, já que a eleição no Brasil é dever, não opção democrática. Quem tiver dúvidas pode consultar o próprio Edison, pelo e-mail edisonlsilva@terra.com.br
Fica bem claro que existem falhas no sistema de votação. Só não falha o que não existe mesmo, mas o jornalista conseguiu um feito na cidade mais complexa da América do Sul, levando em consideração não apenas o número de habitantes, mas também um nível melhor de preparo de mesários e auxiliares.
É São Paulo, capital do centro de desenvolvimento mais completo do Brasil.
O que o Édison me pergunta é mais ou menos o seguinte, ainda que não o faça por extenso: "Como é que fica a situação das aldeias e vilarejos distantes, como é o caso de vocês aí da Amazônia?"
Sinceramente Édison, não sei responder. Até o momento só tinha histórias de gente que se atrapalhou e votou no candidato errado, mas essa ganha de todas.
Deixo as respostas para quem possa respondê-las, no caso, o TRE paulista e seus similares.
|
