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Erotico-->O closet -- 10/06/2004 - 15:58 (Vera Ione Molina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Marie Claire Junot, amanhã assinarei esse nome. Pierre não suporta mais a espera, quer o meu corpo quente só para ele, em nossa cama estilo art nouveau. Um artista pintou anjos e nuvens no teto. Anjinhos nus para dizerem amém a nossa união de corpo e espírito. Não sei como vou me sentir com tantos olhinhos atentos a cada gesto nosso. Esta camisola caiu perfeita sobre o meu corpo, brilhante como os meus cabelos louros. O tom verde-água compõe um degradé com os meus olhos. A cada passo, ela adere a uma parte do corpo, deslizando sobre outra.
O vestido de paeté decotado até a cintura será usado em alguma recepção importante. Fingirei prestar atenção a cada homem presente. Pierre estará enlouquecido de ciúmes e desejo, a voz virá do fundo de uma masmorra. Preso pela mulher que mais impressiona os homens. Me convidará para ir embora. Fingirei que não ouvi. Me empurrará descontrolado para o automóvel. Dirigirá em alta velocidade.
Estacionado o carro nos jardins da mansão, me convidará até notre chambre. Trancará a porta a sete chaves. O que procuro? Não me chamo Marie Claire Junot?
Um leve ruflar de asas. Devem ser os pássaros nos imensos jardins. Me joga sobre a cama com violência. Desfeita dos sapatos altos, as meias de seda arrancadas pelas mãos de Pierre, ergo os olhos para o teto, esperando pelo que poderá vir. Ele arranca o paeté negro do meu corpo. Me penetra gritando palavras em francês que ainda não conheço. Os anjos se empenham numa coreografia que se utiliza das mãos. Uns acariciam o sexo dos outros. Anjo tem sexo? Sim. O sexo dos anjos está crescendo. Pierre se agita sobre meu corpo. Os anjos agitam as asas, presos às anjas, no ar, sobre nós. Formamos todos uma coreografia perfeita. Todos dançamos, todos tocamos o sexo uns dos outros. Os anjinhos não têm olhares delicados. Todos ardemos no fogo do inferno?

Quem tinha a chave da porta? Não estava trancada?
"Clarinha! Uma menina de onze anos jogando as roupas da dona Maria Clara no chão. A camisola nova, o vestido de festa. Sai desse armário embutido, menina".

Clarinha, as coxas cerradas, mãos sobre o peito que ainda ondula numa dança brutal, fecha os olhos e permanece ali, desmaiada de êxtase e pudor.

Vera Ione Molina
Homepage: www.veramolina.com.br
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