A lembrança do dia que vem depois de amanhã
é doce!
Não sei, sequer, como a sinto
assim,
de antevéspera.
No ar gotejante da manhã em porvir
beija-flores azuis
batem alas suavemente.
Olhos vermelhos de Rosas
tão fortes, tão belas,
testemunham
as idas, as vindas,
o sobe-e-desce
incessante
do pequeno gigante
delicado e agitado (amor).
Na tarde que não esquentou,
simplesmente por
manter-se ainda esperada,
reina serena maturidade
e força.
Já se aproxima, a galope,
o alaranjado do céu flutuante.
Personagens seminus, habitando pontes de madeira,
juram guardar para sempre
as mãos do Sol dizendo “até amanhã”,
pois a noite chegará!
E eu, aqui.... parado, ansioso,
misteriosamente feliz,
imaginando estrelas em rotação,
marcando os segundos de espera,
minutos de aflição,
mas são apenas horas
a me separar do dia que carrega
minha saudade
para além de amanhã. |
