BRISA
Mansa, leve e solta.
Não tem limites e nem medidas.
Chega como poesia,
sem preocupações com regras,
vai escrevendo na areia e nos corações,
com a tinta da vida, os sentimentos.
Sua aragem refrescante,
faz crescer castelos a beira mar,
avistar o mirante e ver seus sonhos,
nas espumas do mar.
Escuta em silêncio os seus segredos.
Mergulhamos diante dela para vermos
a aurora que se esvai, o pôr-do-sol
e a chegada da lua,
marcados no horizonte que é infinito.
É sentindo essa brisa,
que buscamos a certeza de um amor.
É essência em todo o perfume que exala,
nos faz navegar sem entrar no mar.
Toca o nosso corpo deixando a saudade brotar.
Toca nosso coração...
Toca no fundo da sua alma, sem doer.
É como dedos tocando em seu corpo.
Simplesmente acarinha.
Deita em seu peito, escuta seu coração.
Partilha da sua solidão.
Escuta sua história,
escrita com dor e lágrima.
Caberá então a brisa, - o vento brando,
aliviar seu coração
e apagar a sua dor.
Vilma Souza |