Em primeiro lugar, cabe meus agradecimentos à todos que como eu, decidiram dizer sim à Lula. Não que eu seja um cara hiper importante ou conhecido para que meus agradecimentos sejam louvados por quem recebê-los, mas sinto-me lisonjeado em agradecer particularmente à algumas pessoas às quais fui capaz de expor grandes verdades sobre ambas as candidaturas, e estes tomaram a decisão correta votando no Lulinha Paz e Amor.
Seguindo o texto, percebo a cada dia que passa (pós eleição), a felicidade e o entusiasmo no semblante daqueles que cruzam meu caminho na condução, nas ruas, no trabalho... que chegam a superar com larga vantagem a fisionomia desconfiada, mas ainda existente, de outros que desconfiam da capacidade e da inteligência de nosso presidente eleito.
Para estas pessoas é necessário dizer que hoje estamos vivenciando um sonho, que se iniciou há alguns anos, quando tentamos eleger Lula na disputa com Collor. Lembro-me com clareza daquele ano, aliás lembro-me que nunca vi um “político” surgir tão meteoricamente no cenário nacional. Collor não era ninguém no final de 1988 e início de 1989, até que a revista Veja publicou a matéria “Caçador de Marajás” quase que paralelamente às reportagens da Globo. E assim, vi um arrogante chegar ao poder. Mas, graças à Deus, ele saiu quase tão rapidamente como entrou.
Fiquei indignado naquele ano com a derrota de Lula. Mas, precisei de alguns anos para digerir e principalmente amadurecer minha consciência política, a ponto de indagar: Será que Lula daria certo naquela época? Seria vantajoso para nós que o apoiávamos (votando nele e concordando com suas idéias) vê-lo no poder sem a grande equipe que hoje ele possui? E a experiência, os projetos, os apoios: empresariais, dos banqueiros, das forças armadas e de vários outros nichos da sociedade que hoje sem dúvida tem, que ele não tinha neste período?
Pois é, foi doloroso vê-lo perder quando tinha chegado tão perto. Mas Deus... eu disse Deus, em sua infinita sabedoria, sabe fazer as coisas. Foi necessário sentir o sabor da derrota uma, duas, três vezes, para que o povo, os empresários e quase toda a nação percebesse (e sentisse) a necessidade de nosso país seguir novos rumos!
Hoje, milhões de pessoas como eu, carregam um sorriso aberto e um olhar esperançoso. Pois o que antes era utopia, agora é realidade. Se antes éramos revolucionários e/ou gerrilheiros, hoje somos aqueles que estão com a verdade e com o poder nas mãos, e nossas idéias, que são muitas, são apresentadas em formas de projetos em diversas prefeituras e alguns estados, sendo apontados como os que mais atendem a necessidade do povo.
Lula, é visto como um grande negociador, dotado de grandes idéias e projetos, o ÚNICO capaz de juntar em uma mesa todos os setores do nosso país visando seu tão sonhado Pacto Social, e além de tudo isso carrega uma grande característica: é visto pelo seu povo como o presidente que o povo queria. Sim, ele tem o carisma do povo, veio do povo, da classe trabalhadora, formou-se na “faculdade da vida”, onde o diploma é mais louvável do que qualquer outro obtido em grandes entidades educacionais.
Não estou exagerando, pois sei (e ele e sua equipe também) que a tarefa de mudar este país não vai ser nada fácil, mas sei também que todos estão dispostos a dar sua parcela de contribuição. Afinal, sempre que se falava em unir forças, lá estavam: o povo dando sua parcela (quase sempre sem autorização), boa parte dos empresários e um “governo” que em nada contribuía! E agora, a contribuição será verdadeira e igualitária.
Este é o Brasil que eu queria, que você queria. É o Brasil que os grandes e pequenos empresários queriam. É o país que os militares, tão diminuídos em seus recursos e incentivos queriam. É o Brasil que as verdadeiras religiões queriam. É o Brasil que o Brasil queria.
Nilson Dutra
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