Trago dentro de mim
um vulcão interno sem fim,
a fome de amor me devora,
preciso tê-lo, me dar, sem demora,
nas asas da volúpia voar,
reconhecer seu abraço, perder o ar,
sentir na minha carne o seu desejo,
oferecer meu corpo, ter seu corpo,
como dois animais desvairados
numa entrega total de apaixonados,
enlouquecer com o espasmo do seu gozo,
chegar ao êxtase, até ao torpor,
mergulhar na inconsciência do prazer,
realizar o amor.