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Artigos-->O Governo Lula -- 30/10/2002 - 12:31 (Don Pixote de la Pança) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"O Governo Lula



Álvaro Pedreira de Cerqueira

Vice-Presidente do Instituto Liberal-MG



O socialismo não foi derrubado pelos

seus inimigos, mas por suas vítimas.

Octávio Paz



Agora o Brasil terá Lula-lá. A concorrência exclusiva de candidatos de esquerda nestas eleições presidenciais o que evidencia é a vitória da doutrina do intelectual comunista italiano Antonio Gramsci em nosso País. Que foi adotada após a derrota da esquerda armada, pelo governo militar, nos anos 70. "O bom êxito de um ataque ao estado burguês depende de uma prévia Luta pela Hegemonia sobre corações e mentes", o que alguns entendem como a conquista de uma nação pelo comunismo (marxismo-leninismo), por lenta e paciente "via pacífica". Assim, a obra gramsciana "Cadernos do cárcere", dos anos 30 do século passado, durante quarenta anos foi o catecismo adotado pelos jornalistas, pelo professorado nas escolas de todos os níveis, pela igreja católica, pelos artistas, sindicatos e partidos de esquerda no Brasil, agentes que Gramsci designou como "intelectuais orgânicos". Foi um vasto trabalho de engenharia social, plantio cuja colheita agora se registra. Verdadeira lavagem cerebral dos formadores de opinião e dos jovens estudantes, acompanhada de contínuo patrulhamento ideológico pela imprensa e pelas editoras através de implacável filtragem e desinformação. Só que na seqüência do sinistro catecismo (em ambos os sentidos), "após a consolidação do poder, ocorrerá o assassínio sistemático dos opositores", na melhor tradição do jacobinismo revolucionário francês.



No primeiro cenário prevalecerá o do governo chamado pela imprensa de "Lula light", ou "Lulinha paz e amor", que é aquele em que a maioria dos eleitores dele acredita. Neste cenário, os xiitas do PT seriam contidos, o MST adotaria ação mais moderada, evitando invasões a propriedades produtivas e os projetos do Foro de São Paulo, de movimento de solidariedade do novo "governo democrático e popular" do Brasil, aliado aos regimes de Cuba, da Venezuela e às FARC da Colômbia, da Palestina de Arafat, da Coréia do Norte e da China ficariam mais no papel, ou para um futuro mais remoto. Seria um governo de centro-esquerda, junto com os partidos da coalizão eleitoral, dentro dos limites constitucionais vigentes e respeitando os contratos da dívida interna e externa. Este, como se sabe, é o cenário que o competente marqueteiro Duda Mendonça desenhou para a campanha eleitoral de Lula.



O segundo cenário, mais provável, é o que se lê no próprio Programa de Governo do PT, no site do partido na Internet. No primeiro capítulo (A Reconstrução da Nação e o Resgate Social) se lê: "Não aceitamos continuar renunciando a um projeto próprio de Nação e reduzir as ações do Estado ao simples abrir espaços para o avanço do mercado". Esta declaração mostra claramente o objetivo de abandono da economia capitalista, aliás sempre mal praticada no Brasil em vista do gigantismo do Estado e da supertributação em favor da burocracia privilegiada e em grande parte parasita (o principal eleitorado de Lula), ainda mais exacerbada no governo FHC, assim como da excessiva regulação do mercado. Que são a verdadeira causa da desigualdade e da exclusão social. Fica claro o objetivo de implantar o socialismo, com ainda mais intervenção do Estado, seja na tributação como na regulação, prejudicando a empresa privada, a única que pode produzir riqueza com produtividade. Em seguida se lê: "Nosso compromisso é construir um modelo que seja capaz de superar a miséria e a extrema desigualdade que hoje vitimam a sociedade brasileira". Ora, o mundo já viu esse filme em 70 anos de história na ex-União Soviética, na China, Coréia do Norte e Cuba, com o mais retumbante fracasso em cumprir o declarado objetivo de distribuir riqueza para os referidos povos. O resultado foi sempre a pobreza, a opressão, a hegemonia de uma minoria privilegiada do partido único, sequiosa de poder absoluto (mas em nome do proletariado...) e do estamento militar leal, com o trágico e sinistro assassinato de mais de 150 milhões de seres humanos, não de países inimigos mas do próprio país que se focalize.



Como escreveu o advogado e ensaísta Huáscar Terra do Valle, este projeto é a regressão pura e simples à barbárie do Absolutismo, que foi suplantada pelas idéias dos filósofos iluministas dos séculos 17 e 18, trazendo o primado da liberdade e o enriquecimento jamais imaginado aos povos que experimentaram plenamente o liberalismo político e econômico. A parcela dos eleitores que se somou aos 30% tradicionais de Lula nunca leu o programa do PT, que a exigüidade deste espaço não permite analisar. Mas vão conhecê-lo na prática. O socialismo-comunismo é a religião profana do século 20. É radical, antiliberal e neoescravagista. Sua ideologia produz a síndrome da cegueira adquirida."





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