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Contos-->O Anjo Borboleta -- 09/03/2007 - 11:00 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ANJO BORBOLETA


No funilar da rua era possível ver a jovem Marinete sobre a sua bicicleta avançando pela estrada. Ao passar por mim gritou sorridente: - Bom dia! E eu lhe respondi: - Bom dia! Tenha boa aula. Ela acenou com a mão e prosseguiu.

Marinete, uma garota de 13 anos. Estudava numa escola do Estado numa outra quadra do bairro. Todos os dias ela fazia seu percurso na rua em que eu morava precisamente as 7h.
Montada em sua bicicleta de cor azul com detalhes branco, no guidom estava presa uma cesta poxi, onde ela colocava os livros e cadernos. Marinete era leve de sentimentos. Sua alegria contagiava a todos.

Já a tardinha é que ela voltava. As vezes eu a avistava passar, quando não, sentia falta da sua singularidade. Um dia em sua ida a escola, eu como sempre nesse horário vinha ao portão pegar o jornal, Marinete parou para me pedir apoio num concurso ciclista que ela participaria pela escola. Ela queria torcida e divulgação. Falei pra ela que podia contar comigo.

No dia marcado da corrida, lá estava eu. Marinete estava muito feliz, afinal ela pedalava bem e tudo lhe favorecia a ser a vencedora. As inscrições foram preenchidas por mais de 150 candidatos. O prêmio seria uma bicicleta desing moderno para o 1º lugar, o 2º lugar um relógio de pulso esportivo e o 3º lugar um livro sobre modalidades esportivas. Na verdade o espírito da competição é que gere o favoretismo para todos os participantes.

Chegada a hora, todos em sua posição de largada, aguardavam o apito do instrutor que gritou: - Contagem regressiva ...3..2..1..valendo! A moçada saiu a pedalar o percurso de cinco quadras. A apresentação estava muito bonita, cada bicicleta estava com sua decoração mais original que a outra. A bicicleta de Marinete estava decorada com o que lhe é mais peculiar, a doçura dos bichinhos de pelúcia. Ela os prendeu por toda a bicicleta. No maior ele colocou uma flâmula onde se lia: “Se Deus nos faz amar, amor é lei (autor brasileiro)” No tremular da flâmula o público aplaudia em concordância com a iniciativa de Marinete em conscientizar o amor nos corações.

Na evolução da corrida, uma borboleta brinca de acrobacia a frente da bicicleta de Marinete impedindo-a de pedalar com equilíbrio. A borboleta parecia insistir em chamar sua atenção, quando uma outra participante chegou mais perto e disse: - Marinete se você não dê cabo dessa borboleta você vai ficar para trás. Mariente pensou: -Verdade. E tentou desviar-se daquela perseguição. Por uns instantes tudo parecia tranquilo até que a borboleta voltou a perseguí-la.

Em dado momento uma garota que corria ao lado de Marinete assustou-se e caiu sofrendo um atropelamento por uma outra participante que vinha atrás. Vendo a ocorrência, Marinete parou e socorreu a garota que sofria com os arranhões. A corrida prosseguia em grande evolução e elas ficaram ali por um tempo refazendo-se do susto. De participantes, agora sentadas a margem do caminho passaram a ser expectadoras. Foi então que Marinete percebeu que a borboleta desaparecera.

Refeitas do acidente Marinete e a colega pedalaram como as últimas da corrida. Mais uma coisa ficou certa para Marinete, que muitas vezes os impecílios são livramentos de causas maiores.

Final da corrida, a alegria era a tônica. Os premiados eram louvados pela equipe de produção da escola, e Marinete ainda mais feliz por ter sido uma premiada em poder ajudar alaguém em apuros.

As competições da vida nem sempre tem sua premiação com troféus. Competir é viver juntos buscando o melhor para o que se faz necessário. O lema que Mariente conduzia em sua bicicleta, acordara em seu coração a vivencia do amor, Lei de Deus para ser respeitada no cotidiano entre os homens.
*****

Jair Martins 30/09/06 12h20

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