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Contos-->O FINAL DE SEMANA -- 09/03/2007 - 11:03 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O FINAL DE SEMANA

O enfandonho final de semana para comemorar o aniversário de 50 anos do seu tio Afrânio no sítio da família, fizera com que Luzia desistisse de passear com Fernando um paquera bem interessante, que a tem cortejado e alimentado o seu coração de menina-moça. Os dois tinham programado uma visita ao Museu da cidade.

A família entusiasmada com o encontro dos parentes que já a algum tempo não se viam, gritavam com a expectativa o viva a festa! Luzia desolada arrrumava a sua mochila de jeans com os acessórios que por certo precisaria usá-los no final de semana. Enquanto selecionava as peças, viu que no seu celular havia uma mensagem de texto, era Fernando que dizia: “Entendo que não possas ir comigo ao museu, espero que não me esqueças nele...rs.” Luzia sorriu com o espírito de descontração de Fernando e isto lhe assegurou ainda mais o seu interesse. A mensagem do texto foi massageadora no seu ego feminino.

Malas prontas, muita euforia, a camioneta da família parte para o sítio, enquanto Luzia não se cansava de ler o texto de Fernando. Chegando no sítio, muitos parentes já haviam chegado, inclusive o aniversariante tio Afrânio. Abraços e beijos confraternizavam a todos. O dia era sábado 9h.

Transcorrido as primeiras horas da chegada , Luzia enturmou-se com seus primos e primas, cada um que contassse suas estórias divertidas próprias mocidade. Algumas horas depois ouviu-se a feliz frase: “O almoço está na mesa” gritou Lia a serviçal da casa. A esse chamada gostosa, todos se reuniram a volta da velha e grande mesa retangular. O cardápio variou nas comidinhas caseira: feijão com carne cozida, arroz ao alho, galinha de capoeira guisada, bode assado e outras mais delícias regada ao suco de cajú. De mãos dadas deram graças pela vida do tio Afrânio e pela alimentação servida. Brincadeiras e recordações contagiavam aquele sadio ambiente

Finda esta primeira parte do dia, Luzia se retrai um pouco e vai até ao orquidário existente no sítio e pensa em ligar para Fernando. Sente saudade, porém resiste, afinal, somente algumas horas que os separa e repensa; amanhã é domingo, antes de voltar pra casa eu ligo pra ele. Acontece que seu primo Ernesto, filho do tio Afrânio, quando crianças havia por parte da família a expectrativa de que eles no futuro se casasem. Bem, eles se gostavam e até pensavam nessa possibilidade. Mais o tempo foi passando cada um seguiu caminhos opostos embora se entendessem com muito carinho.

A noitinha no jogo de dominó, Ernesto senta-se junto de Luzia afaga-lhe os cabelos elogiando-os a maciez. Ela retribui-lhe com um sorriso e lembra que ele sempre teve esse hábito de alisar os seus cabelos, ao que ele responde: - Se não mais os acariciei é por que estamos sempre distantes. Sorriu.

Durante a partida de dominó e as horas que se seguiram, Ernesto e Luzia ficaram juntos. Luzia comentou a chatisse daquele fianal de semana, não pelo aniversário do tio Afrãnio, mas porque ela tinha perdido um passeio com um rapaz que muito lhe interessava. Ernesto sentiu uma pontinha de ciúmes, mas conteve-se. Luiza continuou a falar e mostrou-lhe a mensagem de texto que ele lhe tinha enviado. Fernando para disfarçar ainda mais o ciúme, pediu para que Luiza falasse mais um pouco sobre Fernando, o que a encheu de prazer e começou a descreve-lo: Alto, 1,85, tipo atleta, pele indígena, olhos escuros, cabeleira cheia ondulada, gosta de usar roupa esporte e é um grande adimirador de antiguidades, defende o antigo por ser ele o ombro que sustenta o novo. Ernesto faz um gesto no rosto exclamando: - “Quanto entusiasmo!!!” E indagou: - Porquê você não o convidou para vir passar conosco esse final de semana? Por certo seria muito bem recebido no nosso convívio. Luzia fez uma pausa e lhe respondeu com outra pergunta: - E se eu o fizesse agora? Ao que Ernesto se surpreende: - Agora ?? Já passam das 22h. Luzia nem lhe ouve e diz: - se ele aceitar, ele virá amanhã bem cedinho, almoça conosco e assim toda a família o cohece e se enriquece com mais uma amizade. Sem demora, Luzia liga para Fernando e a ligação cai na caixa postal. Dá mais um tempo, retorna a ligar e agora sim ele atende, ela lhe faz o convite e para sua surpresa e decepção ele lhe diz em tom de indiferença o “Não. Já tenho outro programa seu nconvite chegou tarde demais.” Vendo que o semblante de Luzia entristecera, Ernesto presume qual tenha sido a resposta e lhe diz: - sabe prima, as vezes nós cuidamos em construirmos um canteiro de lindas flores junto a um formigueiro. E Você já sabe o que acontece, aos poucos as formigas vão chegando e consumindo todo o canteiro. A princípio as formigas correm toda a haste da planta, como que a reconhecer o território, depois vem as ferradas e com elas o consumo, o desgaste até o fim das flores e seus coloridos. Nessa ilustração, o canteiro é você, as flores seus sentimentos, as formigas os aproveitadores deles. Cultivamos com muita pressa nossos sentimentos e ignoramos que podemos estar diante de uma formiga devassaladora que se nutre da pureza de nossa seiva.. E continuou: - Fernando quer um entretendimento, alguém que lhe seja simpática, atraente. Você é que viu coisa onde não existe o que a tornou apática todo esse tempo. Luzia pediu para ficar só por um momento. Pegou o celular e passou uma mensagem de texto para Fernando dizendo: - “Um jardim foi devastado por uma formiga que entedeu ser dela proprietária”.Luzia foi pra os aposentos dormiu, não mais falou com Ernesto. Na manhã seguinte no café , Ernesto a olhou e ela apenas sorriu.

Na hora do almoço, do cantar do parabéns o momento é interrompido pelo toc do celular de Luzia; é Fernando. Ela atende e enquanto fala procura o olhar de Ernesto e prossegue sua fala: - Esse meu final de semana, trouxe com ele uma antiguidade preciosa que não encontraria no nosso passeio ao museu. Ernesto entende a sua mensagem, e abre um largo sorriso de felicidade.

*****
Jair Martins - Novembro /2006


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