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Poesias-->FERIADO -- 27/01/2008 - 00:03 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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FERIADO
Ruas vazias e calmas
encontram vozes e almas
e eu imagino os canteiros
cheios de insetos e folhas...
Passo de leve sem ruídos
e vejo um gato e seu tino
como cautela e sigilo
atravessando nas pontas...
Um frio estranho sem rima
fora de época e hora
retoma as ruas e esquinas
e ri de nós – com estima...
Se eu navegasse lá fora
e recusasse os limites
procuraria horizontes
entre alto mar e suas ondas...
Mas na cidade é inverno
entre o cimento e os prédios.
A data não se conforma
e o calendário reprova...
Eu sei que adoro este espaço
quando há silêncio e aurora
e posso andar à deriva
sem respeitar os sinais...
Como umas peças de cera
devem ser gente ou estátuas
de longe enxergo alguns vultos
que esperam algo ou demoram...
Penso na história que trazem
com seus recortes de vida:
um labirinto sinistro...
Eu sou mais uma e persisto.
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