AMARÉ NÓS
RABISCOS, RISCOS, ZÁS E UM AZ,
A MANGA RASGADA E AS ONDAS POR TRÁS,
A ONOMATOPÉIA GRITANDO TROVÕES,
A CANÇÃO JÁ NEM BAILA NA JANELA,
SÓ SOM SEMI-IDO MEIO REVERBERADO,
SEMICOLCHEIA CANTA, NA CHUVA A FEIA.
LA FORA TEM ONDAS VARRENDO AREIA
E CÁ DENTRO CADENTES SUSPIROS NO QUARTO
AINDA É DIA E O MUNDO ELÍPTICO PERMEIA,
A CAMA PASSEIA, SE DESMONTA, E, A FEIA
AINDA LA FORA CANTA, CÁ DENTRO PLANTA
MURMÚRIO DO MAR, O TETO NO ESCURO RODA,
NOSSO AMOR É FODA.
AMANHÃ MARÉ ALTA ONDA
REVOADA BRANCA RONDA
VOU EMBORA SÓ DEPOIS
A ONDA É SER UM AGORA
DEPOIS NÃO CANTA A FEIA,
ELA JÁ NÃO CONTA, GRITA,
MAS QUE ESPERENEIEM AS BRUXAS,
QUEIMEM-SE NOS GRAVETOS DEIXADOS,
SÓ RAIOS DESENHANDO NOS CORPOS
DE FRONTE, EM FRENTE CALIENTE,
MURMÚRIOS DO MAR,
A SOMBRA SOMBRA-SE LA FORA,
O TETO NO ESCURO RODA,
NOSSO AMOR É FODA.
01/04/2007
GIGIO POETA
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