O horizonte sem fim se descortina,
onde irei parar, já me pergunto,
ondas, marolas, no meu caminhar
azul, verde, branco de areia,
meu barco se agita, em toda esta teia.
Irmaos que habitam o fundo das águas,
nos mostram a beleza do seu nadar,
a vida imersa, do nosso universo,
obra do mesmo autor, neste cantar.
Meu barco se agita, pra navegar,
procurando um porto, para aportar,
quero sentir a brisa, quero amar,
com a extensão deste grande mar.
Conchas e flôres que chegam de longe
trazidas por quem, nao sei lhe contar
ofertas, eu sei que vão me mandar,
guardadas estão, no fundo do altar.
|