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Cordel-->FIM DE FEIRA -- 17/06/2019 - 16:00 (José Fernandes Pedrosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

FIM DE FEIRA

          O sol começa a se pôr,
          diminui a barulheira,
          um retira o cavalete, 
          outro enrola a esteira,
          alguém muito animado
          conta o seu apurado,
          chegou o final da feira.

          Começam então a guardar
          toda a mercadoria:
          feijão, milho e farinha,
          bolo de milho em fatia,
          pipoca e mungunzá,
          milho assado e fubá,
          jerimum e melancia.

          Gibão, sela e cabresto;
          lamparina a alguidar;
          alpercata de rabicho
          e ferro de engomar;
          loção “fulo de amor”,
          casca de pau, lambedor,
          raiz pra tudo curar.

          Carne de bode e de sol,
          tripa de porco e miolo,
          corda, rede de dormir;
          mamadeira e consolo;
          pente fino e marrafa;
          anzol, rede e tarrafa;
          cigarro e fumo de rolo.

          Partem os compradores
          em alegre caravana,
          marcando o reencontro
          para a próxima semana;
          mas ocorre um imprevisto
          com um sujeito benquisto
          que se excedeu na cana.

          O caçuá da jumenta
          está cheio, abarrotado,
          no entanto, o dono dela
          cai no chão embriagado;
          mais de uma vez ele tenta
          montar-se nessa jumenta
          mas sempre cai para o lado.

          Na garupa de uma besta
          é ele então conduzido,
          pois cachaça e quinado
          deixa o cabra sem sentido;
          ele estrebucha e repete
          que vai meter um bofete
          e não é corno convencido.

          Com uma colher de pau
          alguém faz a raspadeira
          no fundo do caldeirão
          pra tomar a saideira;
          o mercado então fechou,
          pois o dia terminou,
          já é noite, é fim de feira.

 

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