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Artigos-->Cidade do Adeus -- 01/11/2002 - 02:42 (Mariana Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cidade do Adeus



Fui assistir "Cidade de Deus" no cinema Icaraí esses dias...um cinema antigo que fica em Niterói e que tem as melhores poltronas do Planeta Terra.

Já estava ansiosa para ver o filme há muito tempo. Na verdade, bem antes do seu lançamento. E escutei de tudo sobre ele: que era muito comercial, hollywoodiano demais, não mostrava a realidade social da favela, etc, etc, etc... Comentários que eu dispenso e que não me desanimaram de jeito nenhum, muito pelo contrário.

Achei "Cidade de Deus" excelente, bonito, pesado, com uma direção, elenco de atores, trilha sonora, fotografia, roteiro e jogo de câmeras primorosos. É porrada no estômago; é a realidade sim. Tanto é que quando sai na rua hoje, o que estava acontecendo? Fernandinho Beira Mar, o protagonista da vida real, ordenou que quase tudo na cidade fosse fechado. E que os traficantes iriam usar da violência caso os estabelecimentos contrariassem.

O cara (de pau) ainda não foi metralhado no paredão por quê? Porque sabe demais, talvez...

Talvez porque Fernandinho Beira Mar tenha apadrinhados que estão no poder, atuando com a cara mais santa e honesta na nossa sociedade, no meio da gente.

E o povo? Fica do lado de quem? Do mocinho ou do bandido?

Prefiro ficar sentada na poltrona mesmo. Pois enquanto esse pandemônio estiver correndo solto pelo Rio, não há nada que os críticos possam falar da inércia na classe média. Como se eles também não comprassem suas pipocas cheias de gordura e manteiga e não ficassem chupando os dedos na frente da telona.

No fim das contas, todo mundo prefere exercer o papel de espectador. Porque ser mocinho hoje, na vida real, pode custar muito mais caro que o ingresso do cinema.



(Mariana Antonelli)

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