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Cartas-->RETRATOS DO BRASIL ON THE ROAD - Parte I -- 14/09/2003 - 23:46 (JAQUELINE ALENCASTRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ponto de partida, Praia Grande, Litoral Paulista... decidimos usufruir um pouco da liberdade, fazer parte dela durante quinze dias, exatamente o tempo que tínhamos para pegar estrada e seguir sem rumo, sem rota pré-estabelecida...
Começa aqui uma grande aventura, rumo ao desconhecido, rumo às belezas raras guardadas nesse "país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza, não tem só carnaval nãããão...!!!!".
Corram até a cozinha preparem suas pipocas com guaraná... acomodem-se em suas poltronas ou esparramem-se com suas almofadas pelo chão, tanto faz fica a gosto da freguesia, o que interessa é a diversãããão, e pé na estrada!!!!!!!



MINAS GERAIS - CIRCUITO DAS CIDADES HISTÓRICAS MINEIRAS


Primeira parada, cidade de Rio Branco no Estado de Minas Gerais... percorremos um belíssimo caminho, km e km de serras moldadas por uma vegetação exuberante, ar puro onde o avanço dos tempos modernos ainda não deram o ar de sua graça, prevalecendo intacto o toque de Deus na formação dessas riquezas.
Paramos nesta cidade para buscar alguns parentes que lá moram, por isso resolvemos pernoitar e conhecer um pouco da cidade.
Assim que nos instalamos, resolvemos conhece-la num passeio tão simples, mas que a tempos e tempos não fazia, ou melhor não me dava o prazer de fazê-lo... sentar na pracinha central da cidade comendo todas as guloseimas que mamãe dizia que não, como pipoca doce, algodão doce, sorvete, cachorro-quente, ihhh comi a beça. Aquele ar de cidadezinha do interior, onde se vê muito aqueles casaizinhos de namorados de mãos dadas, percorrendo todo aquele caminho ao redor da pracinha, onde intitulei como a verdadeira "doce balada mineira", exaltando muita felicidade.
Jovens de família, nota-se pela educação e o trejeito com o qual abordavam as meninas, o que já na cidade grande hoje em dia é considerado por muitos como "brega".
Mas rimos pra valer quando terminamos o passeio, pois como a cidade é muito pequena, em alguns minutos, diante de uma volta no quarteirão, já viramos nativos, onde conhecíamos tudo de ponta a ponta.
Na manhã seguinte ao descermos para o café, nos surpreendemos com aquela mesa farta e um tanto incomum se comparada a nossa refeição matinal... tinha de tudo, mas o que nos chamou a atenção é que nesse tudo continha tudo mesmo que não poderíamos imaginar como carne seca, salsicha, etc..., muito engraçado. Logo depois, fechamos a conta no hotel, e agora todos a bordo, prosseguimos viagem, rumo as cidades históricas de Minas...
Passamos pelas principais, como Mariana, Congonhas, São João Del Rey, Tiradentes, Sabará e Ouro Preto...em todas estas cidades pudemos conferir atrações como igrejas, museus, passeios ecológicos e construções históricas.
Sem deixar passar em branco, nem poderia, o setor gastronômico mineiro, que beleza tudo que engordava, mas literalmente gordura mesmo, estavam sob aquelas mesas que sentamos durante todo percurso. Particularmente não sou muito chegada em comidas típicas tão diferenciadas e fortes, mas a maioria tive a curiosidade de degustar pelo menos uma experimentadinha, como o verdadeiro tutu a mineira, feijão tropeiro, os saborosos torresmos a pururuca, nossa da água na boca só de descrever... doces dos mais variados tipos, e claro "uai" não poderíamos partir sem provar o ver-da-dei-ro pão de queijo mineiro "sô", "quentim, quentim" com um "cafezim" passado na hora, "uai".
Brincadeiras a parte, uma das imagens que mais me chamaram a atenção, é que dentro das igrejas, ou melhor dizendo, embaixo dos pisos de madeira que revestem as Igrejas existem túmulos numerados, uma coisa surpreendente que eu nunca havia visto. No início foi tão difícil saber que ao adentrar a igreja estaria pisando em túmulos que fiquei um pouco receosa, mas visitei tantas igrejas que logo (nem tão logo assim,rsrs) me acostumei... outra surpreendente imagem que me chamou a atenção foram as riquezas encontradas nas igrejas, "ou-ro pu-ro", meus olhos saltitavam ao ver tamanho luxo, um verdadeiro império religioso, como podemos conferir na Igreja Nossa Senhora do Pilar em Ouro Preto, a mais rica igreja em ouro de Minas Gerais e a segunda do Brasil. Mas o que nos fez arrepiar realmente, foi a imagem de Jesus Cristo dentro de um túmulo de vidro, que eram expostos em muitas das igrejas que visitamos... o realismo, principalmente contido nos cabelos que na verdade era de humano, era tamanho que não pudemos nos conter deixando assim que as lágrimas falassem por nós naquele momento - um momento de silêncio e reflexão para todos que lá estavam.
Tanta beleza vista, fica difícil escolher um lugar em especial, seria uma injustiça de minha parte ter que fazê-lo, pois cada cidadezinha possui suas particularidades, com histórias e lendas diferenciadas que encantam a qualquer pessoa... mas destaco as cidades de Ouro Preto onde possui um grande acervo nas igrejas, que são marcadas pelas obras do artista barroco Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Seguindo, cito também a cidade de Congonhas, onde o Mestre Aleijadinho, já enfermo e com idade avançada, esculpiu sua maior obra, as imagens dos Passos da Paixão (construída em madeira de cedro) e os 12 Profetas (construída em pedra sabão), localizada na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. A vista que detemos desta Basílica é sem igual, um horizonte moldado por montanhas e montanhas, sem nenhum dedinho do homem para reverter, somente as obras naturais de Deus...
EH incrível aquelas obras de arte espalhadas ao redor da basílica, e o quão iluminado e abençoado foi o Mestre Aleijadinho, que presenteou nossa história da arte e cultura brasileira.
Mas já estava na hora de nos despedirmos deste circuito histórico que nos deu um banho de arte, cultura e fé, que jamais esqueceremos pois foram momentos de muita introspecção que apesar de sermos um grupo, o momento foi único para cada um se auto avaliar, principalmente diante de sua fé...
Prosseguimos viagem, mesmo sendo um percurso sem planejamento não tínhamos como escapar da escravidão do relógio.
E lá estávamos seguindo viagem tranquilamente quando um dos carros parou, todos passando mal, com fortes dores estomacais...estavam todos eufóricos atrás de um banheirinho, um pouco depois até o pessoal do meu carro começaram a sentir os mesmos sintomas, pera lá exceto "eu", claro, lembram que não sou muito chegada a degustar comidas típicas tão fortes, pois é me dei bem nessa heheheh!!!!
Agora sim, depois de muitas paradas, papeis higiênicos pegando fogo, que horrível citação, pois é pudemos enfim prosseguir viagem...







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