Sou tua navalha
na noite proibida
e sem poder vestir tua pele,
sou mais uma na tua vida...
gritando sem eco
minha palavra absurda
de saudade e de afeto,
sou uma frase esculpida
e na tua memória,
sou esta dor sem remédio,
sou a lágrima que te surpreende
na hora do gozo,
sou este verbo imoral
que não conhece limites
nem vive de sombras...
|