BARES DA VIDA
Foi nos bares da vida,
Que aprendi a honra e o dever
De viver uma vida bem vivida,
Sem a ninguém nada dever.
Foi lá que falei de filosofias,
Para ébrios e fregueses desatentos.
Perdi meu tempo e muitos dias,
Mas, curei-me de meus tormentos.
Não há debates tão calorosos,
Quando é feito num bar pequeno,
Em bairros de homens teimosos,
Bebericando algo mais ameno.
Não há homens errantes,
Nem o abraço das traições
De políticos infamantes,
Essa gente sem corações.
Simples e humilde é o trabalhador,
Que entra no bar em busca do nepente,
Que procura dissimular a sua dor,
E interromper o que no peite sente.
Esquece das amarguras,
Em cantorias inofensivas.
Viaja nas poesias duras
De raízes sertanejas redivivas.
Só querem viver a vida,
Ou o que lhes resta dela.
Lembrar da mulher querida,
Enquanto a garganta gela.
Para um país de desempregados,
Aqueles obrigados a viverem em ócios,
Os bares são pontos relegados
Ao encontro de bons negócios.
Por isso, o falso moralismo
Daqueles que criticam os bares da vida,
Não tem nenhum grande realismo.
Nem possuem bases, ou tese definida.
Falem! E deixemos falar!
Enquanto bebemos e cantamos
E jamais vamos nos calar,
Em respeito à vida que levamos.
Porque se aqueles apostam na conclusão,
De que a vida leva-nos embora,
Ao invés de levarmos a vida de roldão;
Erraram. Porque o ébrio só canta...
...e o sóbrio: só chora.
13.dezembro.2003
(do livro: "Bar, Cachaça e Poesia")
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