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Poesias-->Casa Velha -- 16/03/2008 - 18:34 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Casa Velha
Parece guardar os temores.
Como tosco esqueleto
converte madeira em segredos
e paredes, em muros.
Arrasta sua existência
quase pedindo clemência;
e passa as noites vazia
como um velho coração.
Imita o idoso
que aprendeu quase tudo,
e sem medo nenhum do escuro
ranhe tábuas sozinha
até conseguir assustar...
Parece pedir que a detonem
- não vê sentido em ficar-.
E o tempo que segue a passar...
Já se enfeitou nos Natais
- e já enfrentou funerais-
todas as festas dos pais,
logo virando ancestrais...
Quanto é que existe a guardar?
Não saberá o que fazer,
como a esqueceram assim?
Pensa em dar fim de uma vez...
Vai derrubar o cartaz
“vendo - com tudo o que há”.
Vai receber os espíritos;
esses que vem assustar.
Quem sabe? Assim vão deixar
Seu velho corpo parar...
Seu coração gigantesco
Livre no vento a voar!
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