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Poesias-->TERMINAL -- 16/03/2008 - 19:51 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No terminal,

sozinho, ausente,

pressinto a amorfa saudade

que, por certo,

a partir de amanhã

já estarei sentindo.



Olho em volta

um “sem-número” de avisos:

são chegadas, são atrasos,

são choros ou são sorrisos...

mas todos são todos apenas, e tolos, avisos.



Perdi minhas passagens

dês que permaneço parado

no degrau desta escada que deveria,

sozinha, rolar...

E rolaria, caso não estivesse tão quebrada

quanto estou.



Sinto-me terminal,

adoecido, gravemente ferido

e, naturalmente, pressinto a morte.

Esta, por sorte,

ficou presa no elevador...

e eu aqui, parado,

reclamando da escada quebrada!
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