No terminal,
sozinho, ausente,
pressinto a amorfa saudade
que, por certo,
a partir de amanhã
já estarei sentindo.
Olho em volta
um “sem-número” de avisos:
são chegadas, são atrasos,
são choros ou são sorrisos...
mas todos são todos apenas, e tolos, avisos.
Perdi minhas passagens
dês que permaneço parado
no degrau desta escada que deveria,
sozinha, rolar...
E rolaria, caso não estivesse tão quebrada
quanto estou.
Sinto-me terminal,
adoecido, gravemente ferido
e, naturalmente, pressinto a morte.
Esta, por sorte,
ficou presa no elevador...
e eu aqui, parado,
reclamando da escada quebrada! |