PEDRA
Um pequeno espelho tirei
Do fundo de minha orelha.
Olhei-o, e vi uma estrela.
Da forma: ora permite
A cor prata, ora a cor luz,
Dos meus dias nublados.
Como foi aparecer este mineral ?
Veio das naves a aportar em meu cerume ?
Ou, foi uma estrela que caiu
E se acodiu na aba desse meu chapéu ?
Então, ao dedo me apareceu !
E, em seguida, mergulhou ao vento,
Navegando o mar cristalino dos meus olhos,
A Nirvana presença em minha lembrança,
No (des)encanto incerto das palavras de `Adeus`.
(weberleao@yahoo.com.br) |