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Cartas-->A CARTA SEM ENDEREÇO -- 17/09/2003 - 11:55 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CARTA SEM ENDEREÇO

Sobre a folha branca dos sentimentos,
ela escrita foi,
e na linha horizonte dos pensamentos,
transcrita se fez.
Dai então,
debruçou-se a murmuração sobre a janela que vê deslizar
a tênue gota sofrida, de uma ausência insinuante,
que boceja toda uma árida saudade,
ponta aguda, arremessada ao peito padecido do amante.

Qual lebre corredor, nas pastagens do campo,
continha a mão a pressa de uma declaração para a fins,
de um coração solitário, firmar-se seu expor solicitante

E no abordar os queixumes,
dilacerou-se a alma,
num gotejar importune dos infortúnios
deixando que a transparência frágil
dos vitrais do coração,
espelhasse a dor daquele amante esquecido.

São altas horas da madrugada,
o silêncio companheiro e conselheiro,
visita o coração abatido, que sem mais delongas,
assim procede em sua mensagem que assim se inicia:

A data? Será sempre a do dia
a Saudação? Ao amor que não foi conhecido

O texto? O lamento doído de um coração partido que diz:

"Há muito lhe esperei, mas, marquei horário com ponteiros atrasados, e sentei no banco do jardim dos desencontrados, e vi rostos imaginando como seria o seu, inspirei o aroma das flores pra sentir de você o cheiro, vaguei por espaços de longas horas, a sua procura... e você não veio.

Valiosos presentes tinha para lhe ofertar, dentre eles a minha vida, que viveria só pra lhe amar.

Mais você não veio...

Insisti em lhe esperar, anulei-me, dei meu tempo, ao teu tempo, perdendo o tempo de ter você.

E de volta do nosso encontro que não aconteceu, encontrei no caminho vidas que também se faziam viver por lembranças não vividas, por passados não existentes, por presente ainda a acontecer.

Refleti nessas vidas, que valioso é sofrer por alguém a quem amar, mesmo que seja um padecer. Já consolada, sigo ímpar nesta vida, vendo pares abraçassem e, brindo com eles ao meu amor que não pude conhecer.

lhe escrevo vida da minha vida, no ensejo de que algum dia, ao ler este meu escrito, compreendas que, o amor sempre será o amor, correspondido ou desprezado, sua essência é inalterada, seu objetivo fazer-se viver.

E assim vou finalizando esta carta, que tem por dono você, que não sei seu nome, um destinatário ignorado.

mas, subscrevo-me assim mesmo,

Beijos,
Deu um coração que só queria lhe amar."



A carta sem endereço, foi expedida pelo coração do amante,
voando no espaço dos sonhos,
guiada pelos ventos do fascínio,
da paixão de ser apaixonado.


Jair Martins/2002

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