De repente, sangrei...
Lancei ao mundo uma gestação incompleta, um corpo mutilado, quase assustador,
Mas já tinha coração...
Acordei assustada numa noite de sombras. O sonho permanecia no corpo numa estranha sensação de vazio e dor.
Luz!
No espelho, não reconheci traço algum que denunciasse o meu assombro.
Os olhos estavam desfolhados de madrugadas...
Voltei a dormir.
Sorria...
Um riso cruel, mais frio do que uma lágrima de inverno.
O olhar permanecia suspenso como um galho seco, entregue ao sono, aguardando a primavera...
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