Carta a minha mãe Odete
Mãe,
Acordei dentro de mim as lembranças felizes dos dias vividos ao seu lado. A simplicidade das nossas vidas, vivenciadas no lar doce lar da minha infância, da minha adolescência e grande parte da minha juventude, me fazem neste momento voar na retrospectiva do tempo.
Recordar você, sempre presa aos afazeres, e em seu rosto a paisagem de um largo sorriso, satisfação de um servir, é acalento junto a saudade que me esmaga o peito.
Éramos amigas confidentes lembra? Chorávamos, sorriamos e assim caminhávamos felizes. Seu escudo em minha defesa sempre estava em punho. A minha dor era a sua dor. Esse é seu retrato mãe; a boa e maravilhosa mulher que no mais simples gesto, expressava um grande e significativo amor.
Quantas foram as minhas rebeldias, mas, o seu trato autoritário, eram rédeas para um prumo até hoje conduzido.
Dizias ter orgulho da sua menina, isso me envaidecia e em troca eu dizia que você era a melhor mãe do mundo e nunca mudei de opinião.
Ah! lembranças...lembranças... levezas do meu coração.
Sei mãe, que estamos hoje muito distantes pelas dimensões de vidas, porém sempre unidas pelo elo deste amor único e eterno. No acróstico do seu nome, encerro aqui as minhas palavras de saudade.
O rgulho-me em ser sua filha
D eixaste preso em meu coração
E nriquecida herança
T estamento de seu amor
E nlevo das virtudes
homenagem a memória da minha mãe ODETE FONSECA MARTINS, falecida em 14/11/1981 |