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Artigos-->Drummond: Poeta e Servidor faz 100 anos -- 04/11/2002 - 18:32 (José Ricardo da Hora Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carlos Drummond de Andrade, se estivesse vivo, comemoraria na última quinta-feira cem anos de seu nas-cimento. Também, comemoraria 40 anos de aposentadoria como funcionário do então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan, atual Iphan).



Drummond nasceu em Itabira do Mato Dentro, MG, em 31 de outubro de 1902. Em 1916, estudou no Co-légio Arnaldo de Belo Horizonte, sendo colega de Afonso Arinos de Melo Franco e Gustavo Capanema. Em 1918, estudo no Colégio Anchieta de Nova Friburgo (embora tenha se destacado nos “certames literários”, foi expulso no ano seguinte, após se desentender com o professor de português). Formou-se em Farmácia em 1925, sendo escolhido de última hora orador da turma. Jamais exerceu a profissão.



Ingressou no serviço público em 1929, como auxiliar de redação (depois promovido a redator) do Minas Ge-rais, jornal oficial do estado. Em 1930, pública seu primeiro livro – Alguma Poesia, pela Imprensa Oficial do esta-do. O dinheiro da edição foi descontado dos seus vencimentos.



Também em 1925, publicou A Revista, órgão de divulgação do modernismo. Saíram três edições, entre julho e agosto. Em 1928 (ano de nascimento de sua filha Maria Julieta), publicou seu famoso poema “No meio do ca-minho”, na Revista de Antropofagia, editada em São Paulo por Oswald de Andrade e Raul Bopp. Tido como uma resposta modernista ao “Nel Mezzo del camim”, de Olavo Bilac, causou escândalo nos meios literários da época, pela sua construção arrojada. Hoje, o poema é um clássico da nossa literatura.



Em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como chefe de gabinete do amigo Gustavo Capanema, nomeado Ministro de Educação e Saúde Pública. Antes, servira com Capanema, quando este foi se-cretário do Interior e interventor federal de Minas Gerais.



Em 1945, entrou para o Sphan, onde se aposentou em 1962, como chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento. Na ocasião, recebeu uma carta de louvor do ministro da Educação Oliveira Brito.



Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de1987.



Obra poética de Drummond



Carlos Drummond de Andrade é o maior nome da poesia contemporânea brasileira, sendo considerado o mais bem dotado artesão da poesia.



Sua obra poética acompanha a evolução dos acontecimentos, registrando todas as “coisas” (síntese de um u-niverso fechado, despersonificado) que o rodeiam e que existem na realidade do dia-a-dia. Seus poemas refletem os problemas do mundo, ser humano – brasileiro e universal – diante dos regimes totalitários. É representativa da Segunda Geração do Modernismo, em que há um amadurecimento e um aprofundamento das conquistas da ge-ração de 1922.



Costuma-se dividir em três fases. A primeira, que compreende os livros Alguma Poesia e Brejo das Almas, em que o poeta se sente Gauche, um estranho no ninho, sendo a fase das dúvidas existenciais. Como exemplo, te-mos o “Poema de Sete Faces”, em que uma das estrofes, o fato dele se chamar Raimundo não mudaria o mundo, mundo que é menor que seu coração. A segunda, que começa com o livro Sentimento do Mundo e termina com Cla-ro Enigma, abarca os poemas politizados, em que o poeta, horrorizado pela Segunda Guerra, descobre a impor-tância da união, de encarar a realidade de frente, do trabalho coletivo, como atesta seu poema “Mãos Dadas”. A partir de Claro Enigma, começa a fase mais “estética”, de síntese dialética do Drummond “existencialista” dos primeiros livros com o Drummond “coletivista”.



Sua produção compreende livros de poesias (Alguma Poesia/1930, Brejo das Almas/1934, Sentimento do Mundo /1940. José/1942, A Rosa do Povo/1945, Claro Enigma/1951, O Fazendeiro do Ar/1954, O Amor Natural/1992), pro-sas (Confissões de Minas/1944, Contos de Aprendiz/1951, Cadeira de Balanço/1966, O Poder Ultrajovem/1972, De notícias & não-notícias faz-se a crônica/1974) e traduções (As Relações Perigosas de Choderlos de Laclos, Os Camponeses de Bal-zac, Artimanhas de Scapino de Moliére, dentre outros).

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