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cronicas-->Um dia de outono -- 15/11/2004 - 00:50 (Walquiria) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Hoje o dia iniciou quente; porém, depois do meio dia as nuvens tomaram conta dos céus, esfriou e ficou ventando.
Estivemos em Libres achando que por ser feriado religioso, só fossemos encontrar um lugar do "Buraco" aberto, mas todos os "bolichos" estavam abertos, então resolvemos ir na cidade passando por aquelas árvores majestosas da área militar na entrada da cidade.
O vento soprava as folhas amareladas que pintavam o chão por onde cruzávamos.
Estava lindo. Uma imagem tirada de uma pintura clássica: as árvores peladas com as folhas sendo levadas pelo vento, e as nuvens de um azul escuro no céu.
Para surpresa nossa, o comércio inteiro estava aberto, e até pensamos que estavam aproveitando o feriado para fazer boas vendas aos que vieram de fora, das cidades vizinhas e da capital gaúcha.
Já eram dezessete horas,e lembramos de ir numa padaria para comprar as deliciosas "facturas" para acompanhar nosso café: o dia cinzento apetecia a guloseimas. Ficamos esperando e, nesse tempo, conversamos com a dona da padaria sobre o feriado, e ela nos contou que ele foi abolido na Argentina. Comentei então que a turma que foi em excursão para Buenos Aires estaria aproveitando para sair às compras. Apesar de que eu estaria na Recoleta,tomando um cafezinho naquele momento, deixando o vento me tocar na face, aspirando aqueles cheiros peculiares da cidade que tanto amo. Lembro que, nesse horário, as senhoras do bairro se dirigem a essas confeitarias com suas roupas de griffe e jóias brilhantes, para se encontrar com as amigas e saborearem seu chá com doces. Ah, é tão lindo ver as pessoas passeando despreocupadas; outras com seus cães de raça, namorados abraçados cheios de amor, o garçom rápido equilibrando uma bandeja com o bule de café, de leite e de água e os biscoitos doces para servir numa mesa. Café servido em mesa. Lembras disso? Parece tão do passado, mas Buenos Aires é assim: pode-se viver como se entrasse no túnel do tempo e também pode-se encontrar com a vanguarda futurista.
Caí na realidade, quando a padaria se encheu de gente que já sabia o horário certo dos pães quentinhos.
Tinha crianças que ficaram com os olhos brilhando para aquelas facturas com formato de croissant recheadas de doce de leite, creme ou marmelada.
Votamos à Uruguaiana e passei um café à moda antiga, de panela com coador de pano, que exalou aquele cheiro gostoso por toda a casa.
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