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Contos-->Duas histórias inodoras e insípidas -- 20/05/2007 - 13:46 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Duas histórias inodoras e insípidas


Quando o propagandista Orlando Dantas conheceu a sua esposa, nos idos de 1950, o casal foi curtir seus primeiros e jovens amores passeando de barco pelo rio Pardo, eles queriam conhecer as belezas de Altinópolis. De fato lá viram muitas coisas bonitas: cavernas, pássaros, cachoeiras e muito verde. Uma coisa, porém, nunca mais saiu da lembrança dos dois jovens enamorados: uma simples capivara sentada no barranco do rio. A cena foi tão marcante que, anos mais tarde, já aposentado escreveu um livro contando as aventuras da sua vida. Dantas narrou aquela cena bucólica do passado. Vejam o que ele disse: “De barco, quando eu e a Aparecidinha descíamos o rio, vimos uma cena solene e bucólica: havia uma capivara solitária, que estava sentada num barranco da margem do rio e nos olhava soberana. Era como se ela fosse a dona, a rainha do lugar...” E talvez fosse mesmo, caro Dantas, talvez fosse!
Agora, aqui vai a segunda história. O meu amigo José Carlos Rocha é juiz e mora em Taubaté. Em 1948, então com onze anos de idade, pescava num lago nos arredores de Atibaia, sua cidade natal. Ali, deparou-se com um jovem atleta que também pescava. Puxou conversa, perguntou o nome. Era Oberdan Catani, o famoso goleiro do então poderoso time do Palmeiras. Passaram-se os anos.
Em 1959, já moço e cursando a Faculdade de Direito, em São Paulo, o meu amigo Rocha voltou a Atibaia. Voltara para rever os amigos da terra natal para matar a saudade dos velhos tempos de menino. Aproveitou e foi pescar no mesmo lago de antigamente, queria relembrar das pescarias antigas, dos bons tempos da sua meninice. Ao chegar no antigo local ficou surpreso e assustado ao ver um jovem atleta que também pescava. Havia uma certa semelhança entre aquele jovem e o outro do passado, mas não podia ser o mesmo Oberdan Catani de tantos anos atrás. Oberdan estaria certamente muito mais velho, afinal já havia passado muito tempo, exatamente onze anos e positivamente não poderia ser ele.
O Rocha, menino curioso, aproximou-se do moço e puxou conversa, perguntou o seu nome. Ao ouvir a resposta, não conseguiu disfarçar um leve sorriso. Acontece que aquele rapaz não era Oberdan Catani, mas era Gilmar dos Santos Neves, um outro goleiro. Só que desta vez era goleiro do Corinthians...

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