Naquele tempo os lábios sorriam a qualquer momento,
o corpo se arrepiava a cada pensamento.
Tempo de doçuras, de loucuras, tempo de entrega.
Sorrisos e olhares cúmplices, tempo de mel.
Lembro-me do coração aos pulos a verificar se havia mensagens,
palavras escritas que faziam desabrochar sentimentos.
Tempo de carinho e das lágrimas de emoção
na leitura dos poemas que lembravam momentos.
A certeza que fazia a alegria transbordar,
a espera ansiosa que enchia de vida.
Tempo de ser musa, inspiração e incentivo.
Foi-se o tempo mas ficou a teima a cochichar
que um dia, quem sabe, pode o tempo voltar.
Tita
02/10/2007
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