Fui embora, sem nada dizer.
Afinal, o que havia para ser dito?
A solidão da alma?
O vazio do ventre?
As mãos sem apoio,
o ombro desamparado?
Melhor calar.
Não olhei para trás.
Não titubeei.
Do que ficou não há registro.
O que dei perdeu-se.
Não há comprovante ou recibo
que possa atestar.
Tita
05/10/2007
|