Oi tudo bem com você. Espero que sim. Comigo tudo bem, se não contar com a saudade, o resto vai bem. Estou agora, para variar, pensando em você. Tenho tudo o que necessito para enviar uma mensagem para falar com você. O celular, que cabe na palma da mão, tem registrado o teu telefone, nome e e-mail. O telefone convencional, o computador e finalmente os correios. O celular eu descarto. Você não atenderia, se não apagou o meu n° da memória, deve aparecer no visor, “ AMOR DA MINHA VIDA”, parece que foi ontem, e se você tiver um novo amor, não. Celular não.
O telefone convencional prefiro utilizar pouco, tenho medo dele, da sensação de proximidade que provoca em mim. É como se pudesse tocar você através do fio,sentir tua respiração ofegante, teu perfume, tua essência, escutar tua voz clara em meu ouvido, perto ,muito perto.
E-mail- este tipo de correio eletrônico é o point da moda. É possível enviá-los para qualquer parte do mundo instantaneamente, é só apertar uma tecla. O problema reside no antes. Ligar o micro/conectar/ entrar no Site/ Nick e senha/ escrever a mensagem/ endereço eletrônico e ENVIAR. Depois de enviada a mensagem, esperar que você ao menos saiba que NOVA MENSAGEM CHEGOU que se de o trabalho de ler. E-mail não funciona para assuntos do coração. Por último, posso utilizar os Correios e telégrafos. Escrevo a carta e coloco no envelope com selo. Escrevo o teu endereço, Cep, a cidade, espero que ainda residas no mesmo lugar. Se tiver uma caixa coletora perto, melhor. Se não, esperarei uma ocasião apropriada para enviar a carta.
Esta ladainha toda foi só para disser que eu jamais deixei de lhe escrever. Você é que nunca mandou noticias. Umazinha sequer, nem para dizer que recebeu ou que não que mais receber. Eu continuarei lhe escrevendo, sempre que lembrar de você.
EU HOJE LEMBREI DE VOCÊ, E ESCREVI.
Porto alegre 19 de setembro de 2003
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