Prisão perpétua
Uma mão que prende,
outra que afasta, um olhar que segura.
Um amor que implora,
um outro que explora, uma alma que procura.
Uma vida pressente
que o presente se esvai e vai inconsciente
em busca da paixão fremente
que lhe aflora e implora:
Meu amor, não me abandona.
Um olhar seguro, uma mente impura,
uma alma aflita
que faz o que o coração dita.
Uma mão que afasta,
um olhar que prende, um amor que segura.
Mirinha
Dez, 2000 |