Olhando agora ao meu redor,
percebendo o quanto existe em meus pulmões,
grito e clamo em pura voz o que sinto vorazmente. Não mais me reconheço em cada vez que
passo diante de mim mesma pois teu é meu rosto e do teu ar respiro agora... E os fascínio que faze-me brilhar, não passam de reflexos de um amor que não passou... Temo em meu mais profundo florescer que tudo dentro de mim se
transforme em granada e espalhe aos ventos estilhaços desta paixão... Minha é tua vida e meu é teu eu... Mas não vais achar ferida se em teus braços me sinto perdida... Jamais deixei que a dor do esquecimento se propagasse no nada que meu peito se converteu... amo-te, mas não posso mais viver se a cada crepúsculo a raiar percebo que nunca vais me olhar, nem amar... O que querias que disses-te eu a vós? Dou de meu sangue e meus porquês, grito e destruo meus pulmões... mas não me deixe aqui sozinha... morrendo no escuro...