Cadê sua magia que me encanta?
Com seu sorriso e cachimbo nos lábios,
Cabelos brancos aureolados,
No chão,os pés que nunca foram calçados.
Me lembro,a tarde naquela choupana,
Sentado a beira da porta a olhar,
Olhar, o que? Passado,futuro?
Pra alguma coisa advinhar.
Teu corpo tão forte, no tronco sangrando,
Me dá dôr no peito só de pensar,
De alma tão pura, o que tu fizéste,
Pra tanta dôr, poder aguentar?
Meu velho querido,preciso d ocê,
Pra me consolar,me acariciar,
Me dê seu conselho, pra eu não chorar,
E a solidão poder superar. |