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Cronicas-->Navegando no rio do meio -- 17/12/2004 - 18:13 (Maiesse Gramacho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Navegando no rio do meio

Como já mencionei em crónica anterior, entrei em contato com a obra de Lya Luft faz pouco tempo. Mas, creio que nunca é tarde para começar a apreciar as coisas boas da vida... E, para minha alegria, ano passado, a propósito do lançamento de seu Perdas e Ganhos, entrevistei a autora.
Mas foi em Rio do Meio que encontrei uma das passagens mais bonitas que já li a respeito do ofício do escritor. Acho que deveria ter escrito o que vou escrever a seguir na minha primeira coluna publicada neste jornal. Não deu, outros assuntos e temas "furaram a fila". Mas agora vai.
Lya explica que Rio do Meio não é uma autobiografia "embora o leitor ingênuo teime em achar que o escritor viveu todas as experiências de seus livros". Assim será com os textos que serão publicados aqui. Faço minhas as palavras de Lya Luft: "nem sempre, quando eu falar em primeira pessoa estarei relatando coisas minhas; não estarei sendo objetiva todas as vezes que usar da terceira pessoa. Esse é um jogo propositado, que me dá prazer. Não me interessa delimitar o vivido ou o inventado. A realidade objetiva - se existe - importa menos: o mundo chega até mim filtrado por minha visão pessoal".
Do mesmo modo que a escritora gaúcha, muito do que vou escrever aqui são "histórias que me foram contadas, algumas criei, outras acompanhei ou vivi". "Criar personagens trágicos não significa que o autor seja pessimista: muitos humoristas são calados e deprimidos. Nem sempre a filosofia de meus personagens tem muito a ver com a minha, nem vivo suas trajetórias. Mas sou mãe desses que dormem dentro de mim como filhos possíveis, sementes plenas do sono do fruto", reforça Luft.
Para terminar este preàmbulo - que julgo necessário, apesar de um tanto tardio - cito trecho de um texto do meu caro Affonso Romano de Sant´Anna (cronista dos bons!) que abordou o assunto de maneira espetacular em O cronista é um escritor crónico: "O cronista é o mais livre dos redatores de um jornal. Ele pode ser subjetivo. Pode (e deve) falar na primeira pessoa sem envergonhar-se. Seu "eu", como o do poeta, é um eu de utilidade pública".
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