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Poesias-->ROTINA -- 01/06/2008 - 14:19 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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ROTINA
Esquivando objetos
como morcegos
vou fechando os olhos
para cochilar.
Adormeço no volante
quando há faróis,
ou nos bancos do metrô
quando é metrô,
ou mesmo durante as falas
-chatas...-.
Passo a rotina a limpo
todo dia
como se fosse dar o troco
para conseguir um tempo
- "free"-.
Como se fosse questão
entre ser bom e ser mau
ou entre merecer
ou não.
Como se sendo robot
por horas a fio
ganhássemos o direito
de algumas horas humanas
junto àquele a quem se ama;
E como a noite esbarra
com a minha vontade de continuar
- como libera os minutos
e os gasta
mastigando-os
sem piedade,
roubando o que resta do dia,
mostrando a língua,
debochando;
então, como tudo isso
se repete...
abro a janela,
respiro o frio;
constato a falta de asas
- e como não dá para voar
assim
e te encontrar;
...penso em ti.
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