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Cordel-->SAUDADE DE BATURITÉ -- 01/08/2020 - 10:53 (HENRIQUE CESAR PINHEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quanta saudade me vem

Da vida em Baturité.

Da Sorveteria Central

Do Zé Hélder, Jacaré .

De personagens folclóricas

Como Zé Perequeté.

 

Do Raimundo dos Cachimbos

Diabo da Bolsa, Pata Choca

Chico da Preto, cambista.

E do querido Piloca,

Tudo só brincadeira,

Uma pequena fofoca.

 

Banho no Poço da Moça

No Salesiano estudar.

Aos domingos o banho

Era no Itamaracá

Famoso balneário

Maior atração do lugar

 

Da Festa de Santa Luzia

Andar em volta na praça

Paquerando as meninas,

As mais lindas mulheraças.

Usando suas minissaias

Mostrando belas pernaças.

 

Na televisão da praça

Domingo assistir ao Telecatch

Tigre Paraguaio, Ted Boy

Trocando tapas e bofetes.

Nas famosas marmeladas

Patrocínio da Gilete.

 

Jogar bola no Jesuítas

No tempo do Padre Redondo

Bac era na Rua Quinze,

Os Demais era um estrondo.

Nas escadas do monumento

Tinha casa de marimbondo.

 

Uma pelada nos Correios

Ver time do Paroquial

De Eusébio, Vovó, Wilson

Treinado por padre Pascoal.

Assistir filme no Rubens

Era mesmo bem legal.

 

Na feira comer filhós

Com refresco de tamarindo.

Zé Lobo construiu um jeep

Perto da casa do Arlindo,

Tempo bom, maravilhoso

Quando tudo era bem-vindo

 

Do velho tiro de guerra

Saudade dos tempos idos

E não havia bulling

Por termos um apelido.

E lá em Baturité

Isso era permitido.

 

Que gratas recordações

Nos trazem velhos amigo

E aquela bela cidade

O Baturité antigo

Do Cobra e do Boquilha

Este quis brigar comigo.

 

Baturité do Tarzan

E também do Beto Inferno

Vladimir era Sabugo

Nosso colega interno.

Da ponte do Putiú

Pular no rio no inverno

.

Ao responder a presença

Idem, dizia o Gaiolão

Porém o padre prefeito

Chamou a sua atenção

Idem é pra mesma pessoa,

Assim não responda mais não.

 

Em frente ao Salesiano

Fon-Fon brigou com Boneco,

Espraia Brasa separou,

E levou um peteleco

Tudo um mal entendido

Que não passou de chaveco.

 

Não esquecer do Vovô

E nem do Ventania

Penicilina, Chaco

Que tocava bateria

Pelado, Pilão, Papa,

Do Poti quase esquecia.

 

 

Essas pequenas lembranças

Da infância, adolescência

Saudades do Salesiano

Dos padres com sua sapiência

Que nos ministravam aulas

Com enorme eficiência.

 

Saudade do seu Gervásio

Cuidando da portaria

Padre Paixão, Padre Prata,

Robério na secretaria,

Na cantina seu Manuel

Era quem nos atendia

 

Do seu José, seu Antunes

Professor de Geografia.

Tempo que se estudava

Desenho e caligrafia

Chapéu de Couro, Tantin

No Beco do Cacete vivia.

 

Saudade do Mala Véia,

Quando nosso time ganhava

Refresco, bolacha doce,

Volta na ola ele pagava.

Quando revista em quadrinhos

No colégio se trocava

 

Saudade de jogar bola

No Capitão Faraó,

Quando não havia estádio

Só antigo Monte Mor.

Com Júlio da dona Mirtes

Armar alçapão no Coió.

 

Pinha gostava de narrar

Na quadra nossas peladas.

Que todos os dias à tarde

Era uma coisa sagrada.

Quando rua Quinze e rua sete

Eram as mais afamadas.

 

Henrique César Pinheiro,

Conhecido por Pacoti,

Pede desculpa aos colegas

Não citados por aqui

Quem se achar ofendido

Posso depois excluir.

 

Tempo do Bebê e Barão

Até mesmo da Caçota,

Que andava pela rua,

Nua, mostrando a xoxota

Cada um tinha seu grupo

Conhecido por patota.

 

Do Barriga e do Paulinho

Que vestido de soldado

Metendo medo nos meninos

Com sua garrucha de lado.

Olimpíadas no Salesiano

E o Zulmira medalhado.

 

Pifiti, Beto Bocão

Do querido Pacuan

Do excelente goleiro

Nosso amigo Neuman

Grande mestre sapateiro

Era José Elmadan.

 

O Roberto Xavier,

Não deixou precocemente.

Assim com Eudes Bolinha

Não está mais com a gente.

Saudade de uma época

Tempo feliz e inocente.

 

No Velho Rio das Lajes

Pescar com seu Marcelino

Nosso time eu e Messias,

Zé Maria, Danilo e Lino,

Na época que se usada

As calças boca de sino.

 

Luís Garapa, Bebê.

Moreira era vocalista,

Antônio Pinto, Edmundo,

Itamar como baixista,

O Dim e o José Antônio

Dois grandes guitarristas.

 

Entre a serra e o riacho,

Num bucólico cenário,

Ficava Itamaracá

O famoso balneário

Jovens tardes com Demais

Tocando os Milionários.

 

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, JULHO/2020.

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