Uma vez passamos por uma ponte que, de tão precária, dava medo.
Tínhamos que passar, pois queríamos chegar.
Era importante acertar as rodas exatamente sobre as duas toras de madeira caso contrário, despencaríamos no rio.
E ele foi, corajoso, enquanto de olhos fechados, rezei.
Silencio. Só o barulho do motor. Abri um olho, curiosa, e vi a tábua que se levantava em frente ao pára-brisa da camionete.
Ele continuava acelerando e, sem nada enxergar e sem saber se a tábua que se levantava deixaria a roda no ar, chegou em terra firme.
Fiquei quieta, o coração disparado.
Parou a camionete.
Foi então que nos olhamos e sorrimos.
Que plenitude ter ao meu lado um homem de tanta coragem.
Por isso fui com ele. Até quase o fim do mundo.
Tita
15/10/07
|