Não danifiquei a tua natureza, não poluí o rio dos teus pensamentos.
Devo confessar que lancei minha semente em todos os teus terrenos inocupados e procurei que brotassem com força total, adubando um pouco a cada dia.
Procurei colorir tua vegetação e iluminá-la com alegria.
Visitei todos os teus relevos e teus terrenos áridos e procurei mostrar a importância das barragens para que houvesse água abundante.
Percorri as tuas bordas e quis que em cada canto algo lembrasse a minha presença.
Respeitei muitos dos limites estabelecidos.
Quanto às fronteiras que só poderiam ser transpostas com consentimento expresso, procurei argumentar o quanto seria importante que fossem expandidas.
Mas não entrei em greve, nem causei uma revolução, muito menos uma guerra, apesar de não ter deixado de me armar o suficiente para defender o teu terreno se fosse necessário.
Porém, nunca usei minhas armas.
Desisti da luta antes da batalha.
Nem mesmo completei os estudos da tua cartografia.
Pois em tempo compreendi que por mais que haja guerras, furacões, queimadas ou temporais, o mapa da tua vida jamais sofrerá mudanças.