Agradecendo ao nosso amigo Ricardo Fidélis pela ótima contribuição,
Repassamo-la ao parceiro Laviro que foi logo fazendo a sua adaptação.
Orival
Bom dia gente boa do Usina de Letras, aqui é o Laviro, seu servo e criado,
Que adaptou para você a historinha de um executivo bastante malcriado...
Que você tenha um excelente dia é o maior dos nossos desejos...
Aos homens, um forte abraço; e às mulheres, milhões de beijos!!!
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Tudo começou naquela segunda-feira chuvosa. Um grande executivo, não via a hora de terminar o trabalho e ir logo para casa. Afinal, era o vigésimo aniversário do seu casamento e um momento daqueles merecia a melhor comemoração do mundo... Lamentava, inclusive, por ter ido trabalhar, mas o fechamento do negócio da maior exportação da empresa não tinha permitido. Malditos asiáticos! Porque demoraram tanto em assinar o contrato?! Assim, nem bem os asiáticos haviam saído, chamou pelo interfone a sua eficiente secretária que tinha começado naquele dia e disse:
- Srta. Shirley quer vir um momento a minha sala.
- Pois não – respondeu ela, com uma voz muito macia.
Estava tão preocupado em ir embora, que nem levantou os olhos quando ela entrou e foi logo dizendo:
- Srta. Shirley, queria agradecer-lhe pelos seus ótimos serviços no dia de hoje. Você foi fantástica! Já pode ir embora...
- Mas, chefe, ainda falta uma hora...
- Eu sei – diz ele, um tanto áspero. Eu sei que ainda são 17:00h, mas como tenho compromisso, já está liberada. Obrigado e até amanhã...
- Como o Sr. quiser – diz ela, um tanto sem jeito e sai rapidamente.
Estava tão envolto no seu pensamento em ir para casa que nem viu o corpo escultural da sua secretária saindo pela porta.... Guardou apressadamente a papelada que estava sob a mesa, apagou as luzes, apanhou as flores maravilhosas que havia encomendado, fechou o escritório e foi para a garagem. Entrou no carro, deu a partida e logo estava na rua. Chovia muito e quase não viu que a sinaleira havia fechado. Felizmente, porém, a viu a tempo e, após uma freada brusca, conseguiu parar e evitar a batida com o caminhão que passou no cruzamento...
Ufa! Preciso ter mais calma – pensou, com as pernas um tanto trêmulas e o coração batendo a mil por hora. Nisso, olha para o lado e vê a sua secretária no ponto de ônibus. Só então “cai a ficha”. Meu Deus! Como fui grosseiro com ela! Assim, não teve dúvidas. Para reparar a má impressão que devia ter causado, abriu o vidro e perguntou-lhe se queria uma carona. Ela disse que aguardaria o ônibus, mas como ele insistiu muito, acabou aceitando. Então, assim que ela entrou, ele foi logo dizendo:
- Shirley, queria me desculpar por ter sido tão grosseiro contigo hoje...
- Não se preocupe chefe. Eu entendo. O senhor está muito tenso hoje...
- É verdade. – concorda ele. O dia de hoje está cheio de coisas muito importantes e isso está me deixando assim. Viajam alguns minutos em silêncio e após perguntar a ela onde morava, chegam na frente do prédio do seu apartamento e a chuva aumenta de intensidade. Parecia que São Pedro tinha decidido fazer uma faxina geral. Estava ainda tão preocupado em chegar em casa que foi surpreendido pelo convite de sua secretária:
- Chefe, quer subir um pouco?
- Não – gaguejou ele. Gostaria, mas...
- Entendo – interrompe ela. Sei que o senhor tem compromisso, mas como essa chuva está muito intensa, é melhor esperar um pouco, senão pode ser perigoso...
- É verdade – concorda ele, lembrando da sinaleira. E continua pensando com seus botões: Afinal a minha esposa não vai ficar preocupada, pois além da chuva, tenho algum tempo, pois saí uma hora adiantado. Ah! E tem mais, preciso acabar de uma vez por todas pela má impressão que causei lá no escritório.
Assim, eles sobem. Chegam no apartamento e ela diz a ele:
- Chefe, prepare um whisky para nós enquanto eu vou tirar essa roupa molhada.
- Tudo bem, diz ele, ainda preocupado com o compromisso com a sua esposa. Assim, sem muita inspiração começa a preparar a dose de whisky. De repente, seus pensamentos são interrompidos:
- Chefe, a dose de whisky já está pronta?
Ele levanta os olhos e o que vê o deixa atônito, boquiaberto. Na entrada da sala, a sua frente está a sua secretária. Cabelos encaracolados, molhados. Uma camisola preta, sensual, um belíssimo par de coxas...
Tomaram alguns drinsks e o resto... Bem, o resto pode imaginar... Aliás, nem isso você pode. Foram tantos momentos carinhosos, sensuais, eróticos, inimagináveis... Foi bom demais! Foi tão bom, mas tão bom que eles acabaram caindo em sono profundo...
Por volta das seis horas da manhã ele acordou, olhou o relógio e... O maior susto!!! Pegou imediatamente o celular, que ele havia desligado, discou o número de sua casa e assim, sem querer saber quem o atendeu, disse aos berros:
- NÃO PAGUEM O RESGATE!!! EU CONSEGUI FUGIR!!!
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