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Cronicas-->Sobre palavras e intenções -- 21/01/2005 - 14:38 (Maiesse Gramacho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sobre palavras e intenções

Eu escrevi sim,
Ela leu não...
Ai de mim,
Que confusão!


Palavras são poderosas.
Palavras cortam. Machucam. Magoam. Ofendem. Fazem chorar.
Palavras aproximam, mas também afastam.
Palavras alimentam e, ao mesmo tempo, envenenam.
Palavras escritas são até mais arrasadoras que palavras ditas, pois na maioria das vezes não é possível saber com que intenção elas foram pensadas, só conhecemos a força com que nos "atingiram".
Apesar de trabalhar com as palavras - e talvez por isto mesmo - muitas vezes sou vítima delas.
Talvez por manejá-las tão bem (modéstia à parte) eu esteja mais vulnerável a seus feitos e efeitos, chamemos assim.
Tudo soa ambíguo, irónico, sarcástico. Tudo deixa de ser denotação para ser conotação.
No tempo em que vivemos, em que o tête-à-tête e o telefone estão sendo substituídos pelo e-mail (ou pelos MSN´s da vida), as palavras escritas ressurgem ainda mais poderosas, porque instantàneas. E têm efeitos devastadores, quando as interpretamos mal.
Nem as aspas, o itálico ou qualquer outro grifo consegue "amenizar" ou indicar ao leitor o que o emissor quis, de fato, dizer: se foi tudo uma brincadeira, um trocadilho, uma ironia, um comentário espirituoso ou uma verdade nua e crua.
Quem recebe um e-mail hoje em dia, mais que ler tem que decifrar códigos psicológicos, mensagens subliminares, entender contextos, adivinhar humores, ler as entrelinhas... Porque quando isso não acontece surge o tão (mal) falado "ruído na comunicação". E o que era para ser engraçado fica triste; o belo vira feio; o elogio soa como uma crítica disfarçada e por aí vai...
Quando o hábito era o de se escrever cartas, à mão, e postá-las, os mal-entendidos, creio eu, eram menores. Tínhamos a "pista" da caligrafia de quem nos escrevia. Era possível vislumbrar com que ànimo, com que espírito cada palavra nos fora escrita.
Agora, no mundo massificado e globalizado, escrevemos todos em Times New Roman ou, no máximo, em Arial. Fica difícil, praticamente impossível, saber o que, de fato, aquele conjuntinho de letras está querendo nos dizer...




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