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Poesias-->Neuro Cardume (Piauí Pop) -- 07/07/2008 - 16:22 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952221783942800
Mam ãe diga ao seu menino

Me diga como ser masculino

Quero saber o que é que há

Você sabe a hora em que vou

Começar a ter coceirinha

Naquele lugar?



Mam ãe você sabe ou não sabe

Até onde vai a idade

De ter já-começa naquele lugar

De ter de ficar na vontade

E na mão e no imaginário faturar



Mam ãe me diga a verdade

Se é que você mesma sabe

Para que tanta cocota

Do muito se dar

Mercado cosmético

Do rio pru mar as águas

Deságuam nesse navegar



Aonde?

Ma ãem suas filhas comadres

Como fazer pra não chegar

Muito tarde no vinco da saia

Da grande cidade das águas

De março que há muito ardem

Na mediocridade desse navigare



Pra onde?

Ma ãem diga uma única vez

A verdade, para que toda essa

Vontade de povoar todas essas

Cidades de carne com a vaidade

Dessas adolescentes que correm

E vão inundar a correnteza do rio

Que só, que socorre pru mar



Da onde?

Oh mãe de divina bondade

Preciso, quando chega a idade

Fazer-me adulto com elas

Sambar, os homens chegam

Primeiro e depressa as fazem

Secar. Antes que eu possa, menino

Bulir os dedinhos naquele

Lugar. Onde elas diversas se

Fazem gostar nas conversas

Nas festas nos clubes noturnos

Onde correm pru mar

Aos montes.



Oh mãe em meio a tanta oferta

Ban-daid, calcinhas e pernas

Abertas, vou achar a namorada

Que vai caminhar ao meu lado

Na estrada desse chão dessas matas

Onde cantou o sauiá

Qual a mina que vai me reforçar

A coçar coceirinha naquele lugar

Se esconde.



Oh mãe pra que tanta tpm

Peixinhos de short, bermudas

Calcinhas jeans e sorvetes

De creme no bar e no lar da sala

De jantar há mais beijinhos

Que nelas vou dar que esses

Peixinhos que existem no mar

Distante.



Ma mam essas suas meninas

Migram de seu colo para essas

Esquinas onde os tubarões estão

Sempre a rondar, que elas rodem

A bolsinha naquele lugar

E quem vai um dia tirá-las

Do fundo do mar, das areias

Das praias em que vou caminhar

Tão longe.



Mã inha venha cá me socorra

Saia dessa história pra outra

Do rebanho de filhas que vai

Desgarrar nas esquinas da porra nas

Praças de todo lugar os cabacinhos

De pátio de igreja pru tubarão traçar

Na zorra.



Mã inha você não está nem aí

Pra Lurdinha, Marieta, Lalá e Fifi

Elas que lambam as feridas do lar

Com suas cinturas os cós

A navegar as águas turvas pra baixo

Pra riba na beira do cais

Do rio Parnaíba. Você nunca

Vai saber roçar suas mágoas

Nem esvaziar o conteúdo

Fetal das barrigas delas

Tão outras, tão mesmas

Ou bater na janela apertar

As sinetas das portas fechadas



Nos motéis, nas casas marotas

Onde se firma a civilização das

Nádegas globalizadas pelas intrigas

Os pagodes, os barracos e pagodes

Do Jornal Nacional, novela do

Horário Nobre



Quando a ficha finalmente cair

Os números de sorte da mega-sena

De suas queridas meninas, falenas

Restará apenas a esperança

Da pensão do filho por parir

Fazendo valer esse pacto social

Subscrito pelos políticos traquinas



Da Pedra do Sal tão demagogos

Tão cristãos, tão sempre iguais

Dançando o can-can nas paradas

Musicais, nos festivais populares

Nas esquinas desse Afeganistão. Haá!

Quem se importa? Você é que não!



Ma ãma Miramar.

Filhas do mundo

Do deixa sangrar!
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