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Poesias-->Xadrez -- 13/07/2008 - 18:37 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Xadrez
Longe eu; de ser rainha.
Meus sentimentos de torre
impedem que desmorone
e deslizando na reta
protejo o que ainda existe...
Eu poderia de leve
comer os quadros e as linhas
e me guardar como um bispo
sem procurar as saídas.
Mas uma urgência me habita...
É porque o nosso levastes
por diagonal com guindaste;
como cavalo que foge
desesperado e sem norte.
Meus sentimentos? Peões!
No tabuleiro da vida
me refugiei do teu xeque
antes matasse -teu reino-
a minha terra com flores!
Quem sabe assim, recuasse...
Vitória? Não acredito que cantes.
Até porque nosso jogo
não pretendeu quem ganhasse...
Já sei que es doce...não matas.
Porém saqueastes...(peões..!)
Meu rei que dorme no peito
quer uma paz que não grite:
vai extirpar estas dores
(acreditar que não existes...)
Um xeque mate – sem ritos!
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