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Poesias-->DESAJEITO -- 14/07/2008 - 22:25 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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DESAJEITO
Sou tão desajeitada que entristeço
quando as minhas loucuras
não chegam a nada.
Reviro do avesso o desencontro e insisto
como uma estrela alta
- como se o fôlego pudesse quinhentas eras-
para te achar de novo
como ao sol.
Sei no fundo que as loucuras
são criadas em vão,
para não chegar a lugar comum.
As sei apaixonadas como luas
e sem sorte, como tômbolas...
E por isso sustentam meus álibis
junto à coerência,
deixando que ela se equivoque.
É por isso que faço a conta
sem números e sem tabelas:
quantas sinistras maneiras, que levo dentro,
que espero gritem, que aguardo inteiras
de te dizer um dia que um lado louco
(um pouco rouco, um pouco alerta)
que tens no peito e te mostra fera
jogou centelha na minha loucura...
Sabendo insano este encontro inócuo;
sem muitos planos nem luz e esboço...
Vou delinear-te como na areia
fazendo marcas de amor na beira.
Assim loucuras que o mar enterra
como tesouros que nunca morrem
- do jeito imune que o tempo emperra-
enfim as junte e eu grite: leva!
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