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Poesias-->Objetos Falantes -- 21/07/2008 - 00:01 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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OBJETOS FALANTES
Falam-me os quadros
pendurados como letras
e as paredes, cor de neve
que me encontro em labirinto
que não sei mais o que sinto
que não resolve o absinto...
Dizem que existe tédio
numa tevê de aparelho
e por criar um remédio
eu ligo a voz e a detesto.
Não vejo a alma de objetos
e eles me roubam o afeto.
É que tu fostes sem nada
sem mesmo deixar bilhete
como se um dia voltasses
e eu te esperasse por certo.
Enquanto o tempo me doma
vou dialogar com objetos.
Enquanto o inverno raciona
estas linguagens sem hora
e as coisas falam besteiras
ao meu ouvido em redoma
eu peço à vida a poesia
e vou saindo do coma...
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