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cronicas-->A Làmpada -- 19/02/2005 - 14:14 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A LÂMPADA

Fernando Zocca

Quando a cidade era ainda menos povoada, conhecia-se quase todas as pessoas que residiam no local. Eram bem definidas também as instituições. Assim, o largo do mercado, as igrejas, os bancos, e as pensões eram lugares comuns. Notória também era a área do meretrício.
Afastada do centro, no bairro onde se mercadejava o sexo não tinha asfalto nas ruas. Não tinha calçadas e água e luz eram precárias. Na zona havia o local onde habitavam as prostitutas com bom prestígio. Eram as mais novas e mais bonitas. Tinham o privilégio de ocupar as melhores moradas. As mais feias e velhas moravam em outro trecho conhecido como "inferninho". A promiscuidade, a pobreza, e a sujeira predominavam.
Na década de setenta, quando os adolescentes da classe media baixa por lá aportavam, podiam notar que logo ao cair da noite, ali no local menos favorecido, as residentes acendiam làmpadas defronte suas portas. Serviam para destacar e individualizar o local. Elas se reuniam a espera de consumidores. Expunham dessa forma o único produto de que dispunham: o sexo.
Na azáfama que se formava de passantes, sempre se destacava um grito mais proeminente: "Vem cá benzinho! Vem fazer neném!" Mas nem todas conseguiam programas que lhes rendessem os caraminguás necessários para as despesas.
Depois de muita luta na Càmara Municipal e escorado em dados estatísticos, o prefeito daquele tempo resolveu acabar com aquela pouca vergonha toda. Com o auxílio da Imprensa, das entidades religiosas, filantrópicas e do Judiciário, transformou o local em bairro de pessoas comuns.
Mas os historiadores, não conseguiam resolver um problema que os cercava de dúvidas: o hábito das prostitutas de permanecer defronte suas casas era comum a demais segmentos da sociedade ou era privilégio das que exerciam a mais antiga profissão do mundo?
Alguns queriam crer que o tal hábito era comum à população mais humilde, que indispondo de espaço suficiente nas suas casinhas, saiam em busca de refrigério durante os momentos de calor mais sufocante.
Assim era Tupinambica das Linhas. E isso se pode constatar ainda nos dias de hoje.
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