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Cronicas-->Os carnavais de minha janela -- 23/02/2005 - 21:19 (Elaine Judite de Amorim Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS CARNAVAIS DE MINHA JANELA



Se existe um momento na vida em que o "Amai-vos uns aos outros..." mais se aproxima da possibilidade de concretização prática real, este momento é o Carnaval de Olinda, é o que se pode dizer, de um momento ou alguns dias onde há a maior confraternização entre as pessoas que lá estão. Seguem acontecendo diferenças sócio-económicas-culturais? Claro que sim...São os mais pobres, negros e excluídos que vendem sua cerveja nos isopores, seus espetinhos e tapiocas nas inúmeras barracas espalhadas pelo meio da rua, que catam latinhas vazias de cerveja para vender no quilo.

-Sim, é verdade...No entanto, eles próprios são os que frevam quando passa um bloco, uma troça. Revivem atavicamente seus congos nos maracatus de baque virado, suas flechas, tacapes e cocares nos caboclinhos...Suas lanças e chocalhos no baque solto. São eles que pontuam com graça e prazer, a espontaneidade da vida diária, transformando em purpurina suada a tragédia de suas próprias vidas.

Para formar um bloco, não precisa comprar abadá ou ter uma fantasia luxuosa...Basta ter vontade de brincar, se sujar de argila e formar, como havia, um bloco que homenageava o movimento mangue.

Se preferir, se a idade não permitir, basta ficar sentado numa calçada de uma rua menos movimentada e ver a criatividade das fantasias que passam, a alegria que não tem mais onde se conter de tanto prazer naqueles dias, em que, se sentir inserido num contexto socialmente aceito e legitimado até pelas grandes redes de comunicação globalizantes é uma realidade.

O carnaval em Olinda é o que se pode chamar, ao meu ver, de um momento em que há mais tolerància entre as pessoas, em que todos os preconceitos dão uma refreada para a passagem da irreverência e que, até o preço da cerveja em lata chega a ser o mesmo em toda parte, independente de estarmos em frente ao restaurante mais sofisticado da cidade ou sentados numa calçada, com a lama formada de chuva e fluidos corpóreos lavando nossos pés.

Eu recomendo.



Elaine Judite de Amorim Carvalho.

Piauiense, residente em Recife há mais de 15 anos, moradora transitória de Salamanca, Espanha, com experiência no carnaval de Salvador, Bahia.



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