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Poesias-->Poema para Pedro Moraleida -- 13/08/2008 - 00:33 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) |
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Num protesto viril contra a própria impotência.
Mas há contradições:
Os mitos se orientaram contra o socialismo,
O colonizado se olhou com as lentes do colonizador.
& esqueceu o socialismo como doença superada.
A luta pelo mínimo estado
& clama contra o fantasma de Vargas, vox rouca
Na terra de sol: em todas as palavras do nórdico há um grão de desprezo
O Anticristo da Bahia retruca, gira os guizos do mundo girassol &
Deleuze: “Eu digo para mim mesmo: quem é hoje o jovem nietzschiano? (...)
Será aquele que produz enunciados nietzschianos no decorrer de uma ação,
Uma paixão, uma experiência?”
Escrito por lucemiro às 18h22
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Como no quadro de um homem nu
Pintado por Pasolini
No quadro nenhum monstro de moral
Animal de enigma pintando
Um corpo luminoso, preto, laranja
Verde com pinça nos mamilos
Os traços são violentos
São fibras da carne viva
Da própria carne canibália
O poeta não está mais nem aí,
Nevermind
Shit’n’ walkin’ como na Revista Negócio
Showbizz!
Pop-fuckers
Separando o joyo do trygo
E publicando o joyo.
Réquiem para um peso-pesado
Para Jim Morrison Paris foi pouco
Mucho loco!
O amor fati é amar a dor
Para que haja o superómi é preciso MORTE!
Mas a morte é contra-revolucionária...
O nada é de direita...
Surgem novos valores,
Gabeira de tanga
John Travolta caindo na gandaia
Superação ou morte? Ou não!
A Internet é mar risonho & vagalhante
Tomo um banho de lua,
Fico branco como a neve,
Escrito por lucemiro às 18h22
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Quero ordenhar-vos, vacas das alturas!
Os nietzschianos brazyleyros TRANSBORDAM
Traficam pornografia com criança e fogem para a França!
O superómi pulará
& se for fraco, fenecerá
Como uma mariposa
Como mosca nas rosas secas
Como feto no Arrudas
Como na planície dos MORTOS
Cristo é que soube morrer, pois sim!
Madalena é que gozava com o pau do outro
Na última tentação de Cristo
O amor banal
O amor pungente dos animais
A virtuose perversa da linguagem
Feito Hamlet
Feito Paulo Martins/Caetano Veloso
Nos quadros de Bosch parece que vemos
Moraleyda parece que também viu
Caranguejos do sexo
É assim que se vive nesse mundo merda
“You don’t know me
Bet you never get to know me”
Dizia Rotten em Roliúde
Escrito por lucemiro às 18h20
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Um Poema para Moraleida
Mautner queria fazer os ditirambos de Dionísio
Em ritmo de rock
Será que Nietzsche gostaria?
O artista botando frutos envenenados
Para matar as gralhas do jardim plantado
À beira-mar.
Todo mundo tem Jesus Cristo demais
Inclusive quem estava falando que seu sangue era nobre demais
& se limpou na carne de Dionísios
E não na lamacenta água de Jesus Cristo pensante
Sem pensar, pirando e engolindo a tragédia
Aos pedaços
Pensando aos pedaços
Amando aos pedaços
O pulo é a morte
O pulo é a trama do Superman
Que não trepa com a Mulher Maravilha
A elite planetária aparece no desenho animado
Colonizado & colorizado por computador
& com puta dor
A dor do parto póstumo
A virgem recebeu o anjo
Tendo entre as pernas o amor fati!
A verdade é como uma vaca!
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